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Mensagem por Fear Øst. Höffmeister Ter Abr 06, 2021 6:20 pm

Porrada Franca e Moderada

Tipo de RP: Aberta.
Participantes: Renly & Fear Øst. Höffmeister.
Espaço: Sala de Projeções.
Tempo: 8H - 06.04.2021.
Assunto: Livre para todos os públicos.
Contexto: A RP servirá como cenário do segundo encontro entre o Fear e seu mentor, Renly, afim de aprimorar o combate corporal do mais novo.


Fear Øst. Höffmeister
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26/03/2021

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Fear Øst. Höffmeister
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Mensagem por Renly d'Alviano Qua Abr 07, 2021 6:12 pm

P r a y or

BECOME PREY

Definitivamente eu posso dizer que acordar cedo nunca foi um problema para mim. Ao meu lado, naquele maldito visor vermelho com números garrafais, o relógio na escrivaninha marcava a madrugada. Cinco horas e trinta e três minutos era o horário que ele anunciava e eu, como você pode perceber, já estava acordado. — Só pode estar de sacanagem. — Resmunguei para mim mesmo enquanto fechava os olhos e jogava o braço direito sobre o rosto, deixando-o apertar meus olhos dentro da minha cara. Eu tinha tudo para ser uma das criaturas mais soturnas desse lugar porém, como é notável, basta o sol nascer para que minha mente queira me colocar de pé. — Alguns costumes nunca mudam... — Sussurrei meu pensamento enquanto me levantava, sentando na cama ao passo que coçava os cabelos e depois o queixo quase de forma animalesca. Talvez seja uma velha mania do meu tempo de serviço militar em solo russo, toda essa coisa de dormir pouco e sempre alerta; talvez isso me mate um dia mas não será hoje.

Já estava amanhecendo quando saí do banho e rumei meus passos para a cozinha. Alguns poucos estavam acordados a essa altura da manhã e, embora meu humor esteja melhor quando estou perto de Virgínia, nós dois não dormimos juntos essa noite. — Péssimo dia. — Resmunguei para Örjan que estava à mesa, lendo seu café enquanto tomava seu jornal... Quero dizer, o contrário. Ah, foda-se! Você me entendeu. — Alguém acordou de mau humor, hein? Não ganhou um carinho atrás da orelha ao acordar, foi? — Dito isso, meu punho chocou contra a mesa mas o homem, acostumado com meu humor ao amanhecer, continuou impassível e tranquilo na sua leitura. Ele virou a página, dobrou o jornal e passou a ler a sessão de esportes. — Quais os seus planos para essa manhã? Ir a acordar a Virgínia não é uma opção válida. — Eu sorri e o homem de pele negra também. Eu sempre acordo Virgínia após acordar; quando não, apenas vou até seu quarto e deito do seu lado mesmo com as outras meninas ali. Eu cheirei o café calmamente, ah... Sem açúcar, amargo e preto como meu humor de todas as manhãs. — Tenho algumas pendências para fazer, alguns relatórios para preencher e uma aula para ministrar às 7h. Depois disso, acredito eu, vou estar livre a manhã e a tarde inteira. — Disse antes de bebericar meu café e ver o homem mudar de página novamente. — Fiquei de treinar o Fear às 8h mas precisarei sair para resolver umas pendências familiares. Você pode assumir essa por mim? — Então finalmente Örjan desviou os olhos do jornal na minha direção e eu sacudi os ombros. O garoto era legal e tinha uma determinação boa, entendo as razões dele gostar tanto do menino; são as mesmas que as minhas, no fim das contas. — Avisarei Yvora que vou precisar remanejar a aula das 7h para depois das 10. Não sei quanto tempo você dedicou para treinar esse menino então vamos trabalhar com o limite que ele tem. — Nesse ponto, ambos sorrimos de novo e, com uma saudação silenciosa, erguemos junto as canecas como se brindássemos à distância sobre nossa concordância em transformar o garoto em um dos melhores lutadores desse bendito lugar.

Oito horas e quinze minutos da manhã. A figura infantil de Fear já estava me esperando na frente de Sala de Projeções, inquieto e calado como sempre. Por estar de cabeça baixa, a bolinha de tênis que arremessei foi em cheio contra sua cabeça, quicando e me permitindo pegar o objeto ainda no ar. — Se dormir no ponto, vou te colocar pra pagar 50 flexões, ouviu? Anda, vamos que hoje o dia será longo. — Resmunguei antes de abrir a sala e permitir a entrada do garoto que reclamava sempre do meu atraso. — Eu não me atraso, você que chega aqui cedo demais para meu gosto. — Resmunguei de volta ao lançar a bola de tênis em sua direção. Me afastei um pouco para ligar todo o sistema da Sala que, aos poucos se replicou em um ringue de boxe com o garoto ao centro. — Você se alimentou bem, começou bem seu dia? Hoje eu não quero moleza; quero sua velocidade. — Então, ao entrar no ringue junto com o garoto, tomei a bolinha de suas mãos e a joguei no canto. — Vamos começar o treino com dez polichinelos, 20 flexões e 15 agachamentos depois dos alongamentos, três séries de cada; isso vai ser o suficiente para aquecer a gente para o que está por vir. — Disse para o menino que, por alguns instantes, se perdeu na concentração. Enquanto esticava meus braços e levava estes bem acima da minha cabeça, Fear só agora começava a repetir o processo. — Örjan me contou que você tem ido bem nas aulas mas eu conheço você, garoto. Me lembra eu quando estava na escola: a cabeça mais focada na ação do que nos estudos, huh? Vou deixar que Örjan te treine com seus poderes mas suas mãos, pés e corpo me pertencem enquanto estiver nas minhas aulas. — Eu dizia tudo isso enquanto nos alongávamos. Após tudo isso, me ajoelhei no chão e esperei que ele fizesse o mesmo para começar a parte do aquecimento que sugeri para nós dois. — Soube de Örjan que você é um rapaz com poderes mágicos mas, sinceramente... Não entendo por que uma criança mágica se interessa tanto em lutar assim, corpo a corpo. — Sussurrei entre as pausas do polichinelo e as flexões da primeira série. Durante os agachamentos, voltava a mente para os treinamentos militares e o período de "desligamento" de Freya; lembrar da minha irmã daquele jeito e o que aconteceu quando ela mostrou seus poderes me deixou suficientemente incomodado para cair durante os agachamentos. — Estou bem, é o sono. — Sussurrei para Fear antes de me levantar e continuar a série de exercícios iniciais propostos para nós dois naquele treino.

As gotas de suor começavam a surgir nas raízes do meu cabelo que, por sinal, estava começando a dar indícios do castanho cobre que tanto eu quanto Freya possuíamos. Após terminarmos a terceira sequência, deixei que Fear tivesse alguns minutinhos de descanso antes de dirigir até minha bolsa e buscar a bolinha que lancei na cabeça do garoto anteriormente e, também, pegar uma para mim. — Vamos para a primeira parte do seu treino hoje, hum? Toma sua bolinha e levanta. — Sussurrei para o menino que, depois de apanhar a bola, se levantou. — Aprendi isso enquanto treinava Muay Thai mas esse tipo de coisa é mais frequente dentro do boxe. Isso serve para aumentar a sua velocidade nos punhos e coordenação motora para lutar. — Dito isso, ergui a mão pouco acima do meu rosto e soltei a bolinha com a canhota. Com a destra, agarrei a bolinha antes que o objeto chegasse ao chão e reproduzindo o movimento de um soco ao fazer isso. — Tenha em mente que a bolinha é onde você precisa acertar uma pessoa e o movimento deve ser preciso, ágil. Seu punho precisa entrar antes que a guarda dele se feche ou então... — E dito isso, passei meu braço por dentro da guarda do garoto e apertei sua bochecha com certa força somente para irritar o rapaz. — Esse focinho bonitinho não vai se sustentar por muito tempo, ouviu? — Disse enquanto respirava fundo e quicava a bola no chão do ringue duas vezes. — Vamos começar? — Disse enquanto apertava a bolinha na mão direita.

Vou admitir que nem mesmo eu conseguia dar conta de cem por centro desse tipo de treinamento mas esse é o principal ponto de um treino, não? Amadurecer o corpo, a mente e nos preparar para alguma coisa da qual ainda não sabemos. Quando falhei em pegar a bolinha pela primeira vez, pude sentir o olhar de Fear sobre mim como quem estava surpreso por nem mesmo o professor conseguir fazer isso com tanta perfeição. — O que foi? Eu disse que isso aqui era para ser usado em boxe, não muay thai como eu treinei. É algo novo até para mim. — Resmunguei antes de voltar a me concentrar no treino em silêncio. Em seguida, na próxima vez que eu deixei que caísse, pude ouvir a risadinha baixa e a bolinha de tênis voou em cheio na sua testa. — Se rir de novo, eu juro por Deus que te faço treinar isso quando faz agachamentos, garoto. — Sussurrei mas então, assim como havia dito para ele, me veio a ideia de fazer o processo contrário e arremessar a bolinha no chão com força para que quicasse e pudesse pegar ela no ar e treinasse ganchos dessa forma. Fear é um menino esperto, não demorou muito para entender a mecânica desse novo treino e passou a fazer o mesmo enquanto andávamos pelo ringue em passos lentos, tentando acompanhar a velocidade da bolinha de tênis com a velocidade de nossas mãos para não deixar as coisas saírem do controle. — Consegue ver? — Disse inicialmente, parando e deixando que o garoto ficasse mais alguns segundos naquela atividade. — Parece fácil mas manter o ritmo disso é uma merda, né? Seu corpo quer mover mais rápido, você sente que pode mais e então a bolinha está em outra velocidade e você simplesmente acaba errando o tempo. — Sussurrei antes de lançar minha bolinha de tênis contra a de Fear, impedindo que ele a pegasse em seu próximo passo. — Vai descansar e beber uma água. A primeira parte do seu treino foi justamente para aquecer esse corpo por que a próxima vamos treinar o seu reflexo e você vai precisar bastante dos seus pés e jogo de corpo, garoto. — Sussurrei antes de passar pelas cordas do ringue e bater palma duas vezes, indicando para o sistema da Sala que o cenário de ringue já serviu o suficiente.

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Mensagem por Fear Øst. Höffmeister Qua Abr 07, 2021 7:39 pm



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O mais novo sentiu todos os músculos de seu corpo se esticarem enquanto ele se alongava. Um bocejo longo deixava claro que Fear Höffmeister acabara de despertar; e como sempre, calado, ele olhou se ainda era muito cedo para deixar seu cômodo: eram 5H e não haveria muita gente andando pelos corredores do instituto naquela manhã - exceto algumas pessoas que Fear fez questão de marcar em sua mente, pessoas essas de quem ele gostava, exceções diante do resto. Dentre eles, Neeve o jardineiro, que deixava as flores preferidas do rapaz sempre em perfeito estado, belas e com aroma incontestável; e Örjan e Renly, ambos seus mentores que normalmente estariam bebendo café bem preto, se preparando para acabar com ele às 8H.

Arrastando os olhos para o lado, Fear pode constatar que seu roomate não estava lá. Isso fez o menor rir: "Ele deve estar nos braços do amor dele" ele disse para si mesmo. Depois de inspirar o ar para seus pulmões e expirar, o mais novo deslizou para fora da superfície onde estava e foi se aprontar para o encontro que ele tinha marcado com Örjan - afinal, havia coisas que ele precisava fazer antes, como ignorar as mensagens dos tutores sobre os deveres atrasados de ciências e matemática.

Depois de se aprontar, Fear rumou até aonde sempre fazia todas as suas refeições: em um canto específico, isolado, onde poderia desfrutar melhor dos próprios sussurros mentais enquanto saboreava em silêncio os pães tostados com manteiga derretida, e seu leite bem quente. A primeira vez que ele afastou os lábios para falar foi para comer, e depois para agradecer pelo breakfast.

Passando a mão pelas paredes, deixando os dedos deslizarem pelo concreto, Fear andou calmamente até a sala de projeções, onde deveria esperar por Örjan. Como sempre, ele sentou em uma das arestas bem em frente e abraçou as pernas enquanto aguardou pelo aparecimento do homem, negro e robusto, que sempre o saudava com um largo sorriso no rosto e um aperto de mão bem forte, logo depois de bagunçar todo o seu cabelo. Na verdade, essa era uma das poucas sensações satisfatórias que Fear possuía depois de muito tempo; ele se sentia amado, e isso era bom para ele.

Depois de muito esperar, um homem diferente de Örjan virou o corredor e acertou a cabeça de Fear com uma... Bola? Aquilo não doeu muito, para falar a verdade, mas Fear era do tipo reclamão - mas não daqueles irritantes, enfim, vocês entenderam.

- Ei! O que está fazendo aqui, achei que o Örjan viria hoje, nós já nos encontramos anteontem - falou, mas a resposta posterior foi o suficiente. Provavelmente Örjan tinha se cansado dele, ou tivera algum imprevisto. Bom, a verdade é que isso não importava para Fear, ele gostada dos dois, então não fazia muita diferença se qualquer um deles fosse assumir: - De qualquer forma, você está atrasado, de novo!

A réplica de Renly fez o menor bufar. Não era que ele se apresentava cedo demais, Fear só gostava de estar presente com antecedência, caso houvesse algum imprevisto. De qualquer forma, ambos adentraram a sala de projeções e Renly logo começou a introdução do que fariam ali; o cenário límpido e esbranquiçado tomou forma - algo com o qual Fear nunca se acostumaria de fato, sempre olhando com vislumbre para as mudanças sempre tão absurdas. Ele sacudiu a cabeça quando sua atenção foi novamente requisitada:

- Sim, claro! Sem moleza, vamos nessa - o mais novo repetia as falas do mais alto, confiante. Contudo, as séries de aquecimento que Renly emplacou logo depois, o fez reclamar dentro da própria cabeça - pois se ele o externasse, provavelmente levaria um tapão na nuca. Pela divagação, Fear demorou um pouco para perceber que Renly já havia começado, passando a imitá-lo com certo atraso.

- Örjan me contou que você tem ido bem nas aulas mas eu conheço você, garoto. Me lembra eu quando estava na escola: a cabeça mais focada na ação do que nos estudos, huh? Vou deixar que Örjan te treine com seus poderes mas suas mãos, pés e corpo me pertencem - o homem falava, e logo depois, ambos desciam para o chão afim de prosseguir com a outra sucessão das séries.

Fear sempre ria quando um falava do outro; normalmente Örjan e Renly eram sempre muito parecidos. Ambos eram brutos, ranzinzas, e gostavam de testar o limite de todos que possuíam em suas mãos, mas diferente da maioria, Fear conseguia enxergar o zelo e a afeição que eles possuíam ao fazer isso. A cara fechada e a marra eram só carcaças, porque por dentro, ele sempre soube que eles tinham um bom coração - por isso o mais novo só falava com eles, fora Neeve e Tessa.

Enquanto eles continuavam com as flexões e agachamentos, Fear pôde notar que Renly estava um tanto distante. Como se algo tivesse o lembrado de algo longínquo, fazendo-o cair.

- Renly, tudo bem? - ele disse, um tanto quanto preocupado, mas sem deixar de soar um pouco irônico. A resposta, no entanto, foi seca o suficiente para que Fear se colocasse no seu devido lugar.

Ambos já estavam demonstrando certo suor no corpo, ou seja, já estavam prontos para dar prosseguimento ao verdadeiro ponto do que Renly havia preparado. Depois de descansar e respirar um pouco, sentado e bebendo bastante água, Fear agarrou uma das bolas que seu mentor trazia consigo enquanto se levantava. Aparentemente, o propósito com ela seria aumentar a velocidade dos socos, bem como a coordenação.

- Isso parece difícil... - Fear comentou, mas isso era com relação a ele mesmo. O mais novo sabia que Renly era muito mais capaz de conseguir realizar aquela proposta do que ele, seja por ser mais maduro, seja por ter mais amplitude dentro desse quesito. No entanto, quando ambos ficaram lado a lado e seu mentor efetuou o primeiro resgate do objeto, ele falhou. Fear arregalou os olhos, mas virou o rosto rapidamente quando escutou a voz ainda rígida do mais alto.

Ele entendeu claramente que ele tinha que se manter mais atento à própria execução do que à de Renly, e foi isso que ele fez. Fear errou miseravelmente todas as primeiras tentativas; ele soltava a bola e bem quando ia alcançá-la, ela já havia passado ou ele executava a ação antes demais. Mais do que condicionamento, aquilo também aprimorava a mente primaveril do mais novo, para que ele lidasse melhor com a frustração, e se empenhasse mais. Fear demorou, mas depois que entendeu que tudo tinha a ver com a velocidade e percepção, ele logo pegou o engate e começou a apanhar o objeto em queda sucessivamente.

Por estar acertando, o menor acabou rindo quando Renly errou novamente, sendo acertado com a bola no meio da testa: - Se rir de novo...

A relação de ambos era essa combinação de sarcasmo e respeito, e era isso que fazia deles um par até melhor do que Fear e Örjan. Conforme a aplicação dos socos se sucedia, eles iam replicando isso enquanto andavam - lentamente, mas isso deixava tudo ainda mais difícil. No geral, eles acabaram dando conta. Foram quase três voltas completas ao redor do cenário quando Renly decidiu encerrar aquele primeiro ato.

- Vai descansar e beber uma água. A primeira parte do seu treino foi justamente para aquecer esse corpo por que a próxima vamos treinar o seu reflexo e você vai precisar bastante dos seus pés e jogo de corpo, garoto.

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Mensagem por Renly d'Alviano Qua Abr 07, 2021 10:43 pm

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Dez minutos foi o meu limite para descansarmos após a primeira parte desse longo treino. — Levanta, anda. Nós ainda temos mais coisas pra fazer. — Disse ao garoto antes de tomar a garrafa de água de suas mãos e beber o restante do líquido que havia ali. Ao devolver, abrir um sorriso sarcástico e idiota enquanto a criança permaneceria reclamando nas minhas costas. Sendo bem sincero - e agora falando como um professor e instrutor de combates que eu sou -, como era possível extrair daquela criança todo o seu potencial? A dúvida permanecia em minha cabeça enquanto meus pés continuavam agitados. — Vamos voltar para as séries. Vinte agachamentos, quinze flexões e... — Fora então que meus olhos caíram sobre um pedaço de pau e a ideia veio como um clique. — Fear. — Comecei enquanto me aproximava da madeira caída, resquício do cenário anterior que ainda ficou ali sobrando. — O que tipos de armas você sabe usar para lutar? — Perguntei enquanto me virava para o garoto, colocando o pé sobre a madeira deixada ali. Eu imaginava que ele não saberia lutar com nada mas, literalmente? — Faca, uma adaga? Nada? Só suas mãos? — Perguntei enquanto sentia meu rosto se deformar em uma careta preocupante. Porra, calma lá, né? É uma criança no fim das contas; se ele soubesse usar uma adaga ou faca seria algo surpreendente.

Mas pouco importa, ao menos agora ele vai saber usar um bastão - ou pelo menos igual ao pouco que eu sei usar um. — Sala. — Disse enquanto tirava o pé da madeira e estendia a mão para cima, na direção do teto. — Molde para uma quadra de tênis. — Dei o comando e, enquanto o lugar mudava de forma, me virei na direção de Fear com um sorriso travesso desenhado em meus lábios. — Não que eu saiba usar isso tão bem mas é o que eu sempre digo: o que não faço para ensinar bem aos outros? — Então assim que tudo se estabeleceu, voltei meu olhar para o teto. — Arremessadores de bolas de tênis, dois bastões e baldes, por favor. — Disse para o teto e assim, conforme meu pedido, as coisas começaram a tomar forma. Após os bastões gerados em minhas mãos, lancei um deles para o garoto, o menor deles, obviamente. — O exercício é simples mas não tão fácil, se liga. Tá vendo os lançadores ali? Estão programados para lançarem uma nova bola na contagem cravada de um segundo de intervalo, em uma velocidade moderada. Nosso trabalho é rebater o máximo de bolinhas possíveis, claro. — Sussurrei enquanto me afastava o suficiente para que nossos bastões não se chocassem durante o treino. Por fim, o garoto me perguntou pra que serviam os baldes e eu, obviamente, sorri. — Bote ele na cabeça e tente rebater as bolas sem deixar ele cair. Não parece simples para você? — Perguntei tendo já que lutar para manter o balde na minha cabeça sem deixar ele cair.

Eu sei, você já viu esse tipo de treinamento antes; era algo meramente idiota quando vimos na animação de Mulan como Shang e mesmo Mulan conseguiram desviar as pedras com o bastão em mãos e o balde na cabeça porém, em um exercício como esse, é necessário uma coordenação motora incrível para conseguir melhorar a sua noção de combate. — Bastão à frente, Fear. Não tire o olho da máquina e mantenha a cabeça erguida; o que deve se mover são seus ombros, seus braços. Mantenha a concentração... — Então a primeira bolinha foi lançada e, com um movimento ágil, consegui desviar a bola da minha direção mas o balde caiu da minha cabeça aos meus pés. — E bata. Mas tente fazer diferente de mim por que a intenção não é deixar isso cair. — Sussurrei enquanto colocava o balde novamente acima da minha cabeça, segurando o riso após a minha falha.

Diferente de antes, Fear parecia ainda mais concentrado e determinado do que o exercício anterior e eu consigo entender, aliás, compartilhava de seu sentimento e não queria ficar para trás. Aos poucos, arrastei meus pés em passos extremamente lentos em direção da frente, ao centro da quadra. — Procure andar, não ficar parado. Se o balde cair, pegue e recomece, Fear! Terminamos quando ambos chegarmos ao centro da quadra. — Disse para o garoto enquanto continuava movendo meus braços em gestos contínuos como se movesse o bastão em um símbolo de infinito repetidas vezes. Cada passo parecia que meus pés estavam feitos de chumbo. A cada passo, eu sentia os meus braços pesarem toneladas. Por fim, quando meu pé tocou a linha do meio da quadra, eu soltei o bastão e a máquina, ainda ousada, me disparou duas bolas que pegaram no meu peito e na minha testa enquanto ainda estava caindo. — Ouch! — E então, a queda veio e, junto dela, o descanso merecido.

Na minha cabeça, foram muito mais tempo deitados ali no meio da Sala de Projeções mas, segundo o que me disse Örjan horas depois, devia ter sido dez minutos após o treino acabar. A figura parada na porta pigarreou e chamou a nossa atenção com isso. — Eu disse para você treinar ele, Renly. Não para ficarem os dois deitados no chão gelado e respirando como se estivessem morrendo de asma. — Dizia Örjan enquanto se aproximava. A mão estendida para mim foi agarrada e o homem me pôs de pé com a mesma facilidade que levanta um boneco de treino; com Fear fora ainda mais fácil. — Você não deveria estar com sua esposa agora? — Perguntei mas ele apenas negou a cabeça em um sorriso que beirava o alívio. — Alarme falso, não será hoje que eu serei pai, amigo! — Ele disse enquanto batia a mão em meu ombro e bagunçava os cabelos molhados de Fear. — Que tal se formos comer alguma coisa e vocês dois me contarem sobre o treino de hoje, hein? Por minha conta! — Eu estava disposto a negar mas quando ouvi o menino ao meu lado dizer sobre um lanche, me permiti um sorriso exausto enquanto negava com a cabeça. — Se é você quem vai pagar, eu tô dentro. Nos dá só um tempinho de um banho e vamos te encontrar na cozinha, ok? — Disse para o homem antes de bater o punho direito junto ao de Fear. Se ainda com o sangue quente eu já estava sentindo meu corpo inteiro pesado, Deuses...

Eu não quero nem imaginar como estarei quando o sangue esfriar.

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Renly d'Alviano
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28/03/2021

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Mensagem por Fear Øst. Höffmeister Sex Abr 09, 2021 7:21 pm



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O descanso não demorou muito, quer dizer, pelo menos para o mentor de Fear já havia sido o suficiente. O menor ainda precisaria de mais alguns minutos para respirar, mas Renly não se importava com isso: ele queria extrair o melhor do rapaz. Enquanto Fear bebia os últimos goles de água que tinha em mãos, o maior a arrancou e secou tudo que tinha ali. Fear emburrou no mesmo momento, murmurando alguns palavrões - não muitos - sobre o quanto ele ainda estava com sede. De qualquer forma, agora eles iriam para o último ato do aperfeiçoamento daquela manhã.

- Vamos voltar para as séries. Vinte agachamentos, quinze flexões e... - Renly falava, enquanto Fear se aproximava dele. Algo nas feições do mais alto mudou, no entanto: - Fear. Quais tipos de armas você sabe usar?

Fear instantaneamente cruzou os braços: - O quê? Eu nunca precisei tocar em uma arma, ou você se esqueceu disso?

Definitivamente. Mas o fato dele ser tão novo não queria dizer que ele não poderia aprender como manusear armas - afinal, enquanto mutante, ele podia acabar precisando. Nunca se sabe em quais situações de risco alguém com os genes mutagênicos acabaria por enfrentar devido as suas individualidades, e em qualquer uma delas, possivelmente seria algo entre morrer ou matar. Fora a maioria da sociedade que repudiava pessoas como Fear; sem falar nas organizações que poderiam estar atrás dele ainda.

O menor olhou para o bastão de ébano que eles haviam usado o seu último encontro, e que por alguma razão, ainda estava ali. No mesmo instante Fear fez uma cara de sofrimento; ele ainda não havia se recuperado totalmente das dores de ter um par de bastões amarrados em seus pulsos, tendo que imitar as bases ofensivas e defensivas que Renly fazia enquanto o empurrava com eles.

Contudo, o que Renly tinha preparado para ele seria diferente naquela manhã - mas não necessariamente menos doloroso. Com apenas um comando, o cenário da sala de projeções mudou novamente. Fear não entendeu de primeira, até ele pedir os objetos que seriam necessários para o que ele tinha em mente.

- Não vai me dizer que vamos desviar disso em alta velocidade... - ele reclamou baixinho.

Se sua intuição valesse um dólar, ele teria um dólar.

- O lance é simples mas não tão fácil, se liga - Renly disse, ficando à frente do rapaz. Havia um sorriso sádico em seu rosto, deixando claro que aquilo poderia ser até pior do que Fear achava que seria: - Tá vendo os lançadores ali? Estão programados para lançarem uma nova bola na contagem cravada de um segundo de intervalo, em uma velocidade moderada. Nosso trabalho é rebater o máximo de bolinhas possíveis, claro.

- Isso sem contar os acertos no meio da cara que vamos levar, se errarmos - Fear refutou, olhando torto para ele. Só havia uma coisa que ele ainda não havia entendido daquilo tudo. O mais novo temeu não gostar da resposta - Mas Renly, o que vamos fazer com isso? - ele disse, apontando o dedo para os objetos que, para a sua sorte, não estavam cheios de água.

- Bote ele na cabeça e tente rebater as bolas sem deixar ele cair. Não parece simples para você?

"Não. Nada simples" o mais novo disse para ele mesmo. Acontece que reclamar não faria que aquilo acabasse mais rápido - não que ele quisesse, afinal, ele gostava de estar ao lado de Renly - então sem mais questionamentos, Fear apanhou seu bastão e ficou lado a lado com seu mentor. Ambos mantiveram um afastamento suficiente para que não atrapalhassem um ao outro. O menor apertou os anulares contra a superfície de ébano enquanto prestava atenção a todas as orientações de Renly, com o cenho franzido. Rebater aqueles projéteis seria difícil para eles, mas pelo menos o mais alto tinha lá suas noções teóricas sobre o que precisava ser feito.

Fear, já com o objeto na cabeça, arrumou sua base defensiva - algo que havia sido demonstrado para ele por Renly anteriormente, e que havia se firmado bem em sua reação corporal intuitiva - e se preparou para os primeiros lançamentos. Sim, ele sabia que a única coisa que o faria se sair bem ali, seria sua obstinação. Nos primeiros momentos, Fear foi repetidamente alvejado, sendo acertado tanto na cara quanto no ombro, nos peitos, no estômago e claro, na cara.

- Procure andar, não ficar parado.

Toda vez que Fear se aproximava da mesma marcação que seu mentor, parecia que ele se desconcentrava e deixava o objeto em cima de sua cabeça cair novamente. Fazer aquilo forçava-o a ser ainda mais determinado, não se deixando levar pelo seu temperamento no momento - sem se irritar ou se estressar. Bastou ser acertado uma última vez bem no torço, deixando uma marca de hematoma que não demoraria muito para aparecer, bem como as outras, para que Fear fincasse seus olhos no percurso dos projéteis. Ele respirou fundo, e aos poucos foi avançando. Pegando o padrão dos lançamentos, e da alternância que ele precisava fazer entre as mãos para trocar o bastão de lado, assim, rebatendo-os um atrás do outro.

Fear não poderia dizer quanto tempo eles ficaram ali até alcançar a marcação que findaria a projeção; mas quando isso aconteceu, a cena ao redor se desfez e o único cenário restante era a sala nula e fria, com Fear e Renly largados no chão ao serem abatidos pelo cansaço.

Sabe quando a mãe da gente aparece exatamente no momento em que estamos parados sem fazer nada, mesmo depois de termos feito tudo aquilo que ela havia mandado? Então, substitua a mãe por Örjan, aparecendo com aquelas toras que ele chamava de braços cruzados e a cara fechada. A pele do negro reluzia mais do que o próprio suor no corpo de Fear e Renly: - Eu disse para você treinar ele, Renly. Não para ficarem os dois deitados no chão gelado e respirando como se estivessem morrendo de asma.

Fear até responderia, mas realmente, a falta de ar não deixaria. Ao invés disso, ele deixou com que seu mentor respondesse por ele.

- Você não deveria estar com sua esposa agora? - Renly disse, que foi convencido pelo sorriso aliviado do homem: aparentemente, era alarme falso. Örjan, ao contrário do que esperava escutar de sua mulher, não seria pai. Ele bateu no ombro dolorido de Renly e bagunçou as madeixas úmidas de suor de Fear, e propôs um almoço por sua própria conta - Se é você quem vai pagar, eu tô dentro. Nos dá só um tempinho de um banho, ok? - disse Renly.

Um punho estendido para Fear; um riso se viu esboçado em sua cara enruberida pelo cansaço. Aquele cumprimento seria, talvez, o primeiro de muitos. Pelo menos era o que Fear esperava, depois de enfim deixar as dependências da sala de projeções com os mesmos homens cujo ele mais se inspirava: Renly e Örjan.

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Mensagem por Eurëka Oesterlen Sáb Abr 10, 2021 3:01 am

Avaliação


ESCRITA EQUIVALE A 30%: Critério referente à ortografia e gramática.
CRIATIVIDADE EQUIVALE A 40%: Conseguir prender a atenção do leitor.
REALISMO EQUIVALE A 30%: Desafios que não escapem à realidade, prevalecendo a humanidade no post.

Boa noite, queridos!

Sinceramente, queria começar dizendo que não sei pelo o quê estou mais apaixonada: pelo temperamento hostil do Renly, ou pela cara emburrada do amado Fear. Vocês dois são extremamente cativantes, assim como a relação que estão criando entre si. Contudo, ainda que tenham feito isso juntos, a avaliação será separada.

TREINO I & II - RENLY

Dizem que todo mentor acaba tendo seu discípulo preferido, e pelo jeito, não vai demorar muito para que Renly roube Fear só para ele! Örjan que abra seu olho, hn?

Mas falando sério agora, seu texto foi impecável e deu para ver que você preparou toda a proposta com muita atenção. Renly foi capaz de criar algo que traria obstáculos para ele mesmo, e que ao mesmo tempo, aprimoraria a velocidade, destreza e concentração de Fear. Continue assim e, acredito eu, que você criará um rapaz muito promissor sob suas próprias mãos.

Houveram erros muuuito ínfimos no seu texto cujo não valem a pena nenhum decréscimo. 77

Em base dessa avaliação, eis o seu resultado:

ESCRITA EQUIVALE A 30%: 30%.
CRIATIVIDADE EQUIVALE A 40%: 40%.
REALISMO EQUIVALE A 30%: 30%.

TOTAL: 100% = 500XP (TREINO I) + 500XP (TREINO II) + NÍVEL INTERMEDIÁRIO em LUTA (FOR)

TREINO I & II - FEAR

Fear! Não é que ele está falando e interagindo? Uma parcela disso vem da atenção que ele recebe tanto de Örjan, quanto de Renly e claro, da Tessa - mas não podemos esquecer que essa melhora exigiu um baita esforço dele mesmo, não?

Você realizou muito bem todas as propostas de seu instrutor, impondo suas dificuldades, a personalidade de Fear e a cumplicidade que há entre ele e Renly. Gostei muito de tudo! Fora que não houveram quaisquer erros gritantes.

Em base dessa avaliação, eis o seu resultado:

ESCRITA EQUIVALE A 30%: 30%.
CRIATIVIDADE EQUIVALE A 40%: 40%.
REALISMO EQUIVALE A 30%: 30%.

TOTAL: 100% = 1.000XP (TREINO I) + 1.000XP (TREINO II) + NÍVEL INTERMEDIÁRIO em LUTA (FOR) + NÍVEL AMADOR em REFLEXOS (DES)

ADENDOS: Nenhum!

ATT - Eurëka Oesterlen.


Eurëka Oesterlen
91

26/12/2015

48

Estados Unidos da América

Eurëka Oesterlen
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