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Mensagem por Ania Isra Ter Abr 13, 2021 6:25 pm

Feira Governamental

Tópico no qual será trabalhado o desenvolvimento das missões fixas de Ania Isra:

Pesquisadora e Experimentalista da GENESIS;

44 anos;

Humana;

Emme
Ania Isra
33

06/04/2021

47

GENESIS

Ania Isra
Genesis
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Mensagem por Ania Isra Ter Abr 13, 2021 6:26 pm

Mentiras e Trapaças.

03 de Abril de 2021 — Washington, DC.

Ah, a primavera. Uma das mais belas estações do ano, marcada pelo renascer das cores e aromas trazidos pelas flores. E talvez seja isso que a melhor represente: o renascimento; uma reconstrução.

Poético, não é verdade? E analisando por esse ponto, que momento melhor para se retornar para casa? Para visitar seu país de origem, sua família e amigos? E que período mais adequado para se presenciar um espetáculo?

E era por isso que ela estava ali, sob autorização da GENESIS, para prestigiar uma celebração, e o discurso do atual presente daquela hipócrita nação, pelos chamados tempos de paz. Um evento bastante esperado por parte da população, e que tinha tudo para ser memorável.

Os passos lhe guiavam pela praça, por entre os brinquedos, tendas e barracas. Parecia uma executiva que havia acabado de deixar o trabalho, e aproveitava a ocasião para espairecer, observando famílias sorridentes e casais apaixonados. Pura fachada, seus olhos, na verdade, atentavam-se à outra coisa: a busca pelos intrusos e invasores, os mutantes.

Era inadmissível que tamanhas aberrações ainda permeassem a sociedade daquela forma, fingindo normalidade.

Repugnante!

Mas ali, em meio a tantas pessoas, se via incapaz de conseguir fazer qualquer coisa. E mesmo que existisse algum meio de purificar aquela parcela da humanidade, como saberia quais eram os dignos e quais os impuros? Afinal, não era uma tarefa fácil distinguir os dois grupos, ao menos analisando unicamente a aparência e o comportamento.

De todo modo, lá estava ela, misturando-se em meio aos demais, evitando chamar a atenção. Embora isso nem sempre fosse possível, visto que sua vestimenta formal se destacava um pouco. E foi justamente quando percebeu o padrão nos olhares que volta e meia recebia, que a Isra decidiu que a melhor saída seria “entrar no clima” do evento.

Sendo assim, não deixando o ar arrogante de lado, mas implantando um sorriso um pouco aparente, analisou suas opções: montanha-russa, restaurante, roda-gigante, carrocinhas de lanche e, é claro, as tradicionais barracas de prêmio. Claro, existiam outras atividades de entretenimento, mas a mulher parou de analisá-las assim que avistou tenda de tiro.

E apesar de não ter nenhum interesse em qualquer uma das prendas que aquilo poderia lhe oferecer, atirar era sempre um prazer. E digamos que aquele seria um teste divertido para a sua pontaria, que havia melhorado consideravelmente após adentrar na GENESIS, apesar de ainda estar longe de ser uma atiradora de elite.

De todo modo, lá foi ela em direção à zona de entretenimento, que se encontrava relativamente cheia. “Estranho.” Foi o que pensou. Porém, assim que se apoiou na lateral na barraca entendeu. Nem todos estavam ali para brincar, na verdade apenas um único rapaz demonstrava empolgação com a atividade, todos os demais pareciam apenas torcer.

A bela pontaria da criança chamara a atenção. Pelo que tudo indicava já havia derrubado quase todos os patos maiores e médios, o que havia lhe rendido dois prêmios simples. E agora caminhava em direção ao nível mais complexo da atividade.

Não era necessário ser nenhum gênio para entender o esquema viciante do homem que administrava aquele local. A crescente dificuldade era um truque comum para prender jogadores, fazendo-os acreditar que estão com sorte, para então retirar uma boa quantia ao fim, através de alguma trapaça. E ali não parecia ser diferente.

Dito e feito. Os tiros — mesmo os mais precisos —, que antes derrubavam os animais grandes e médios sequer afetavam os pequenos. E à medida que as tentativas do menino iam sendo gastas, os gritos de empolgação da plateia diminuíam. Uma, duas, três, quatro rodadas foram gastas até que ele desistiu, irritado e frustrado com os últimos resultados e, é claro, com todo o dinheiro gasto.

Ania havia analisado tudo, utilizando mais de um sentido, tentando decifrar o mistério por trás do “azar” do atirador. E embora tivesse algumas hipóteses, ainda era cedo para comprovar qualquer uma delas, ao menos sem antes ter testado ela mesma seus dons. O motivo para fazer isso? Odiava impostores daquele tipo:  enganador de crianças. E poder desmascarar ao menos um deles parecia algo divertido de se fazer.

— Que pena, não é mesmo? — Comentou. — Mas enfim, será que ainda restam tiros para mais uma desafiante? — Sua fala chamou atenção do homem barbudo que administrava a barraca, que até então parecia não ter notado sua presença.

O sorriso quase sarcástico e o olhar desafiador o fizeram perder a fala por alguns segundos. Mas é claro que alguém como ele não perderia a chance de se dar bem em cima de alguém que parecia acreditar na honestidade daquele jogo, não é mesmo?

— Claro que sim. Embora me surpreenda alguém como você interessada nessa brincadeira tão simples. — Respondeu, entregando uma das espingardas carregadas para a nova cliente.

— Vou encontrar minha sobrinha daqui a pouco, e acho que ela vai adorar aquele unicórnio colorido. — Mentiu, enquanto depositava sobre o balcão a quantia necessária para praticar a modalidade mais avançada duas vezes.

— Não quer começar com algo mais fácil? Esses patos pequenos são bem desafiadores, não são fáceis de acertar. — A risada falsa irritava a médica, que apenas entregou uma expressão debochada, antes de ajustar a mira da arma e de se posicionar adequadamente para gastar a primeira tentativa.

Tinha direito a dez tiros, necessitando acertar pelo menos sete deles. E como ainda desejava analisar o comportamento dos alvos, usaria aquele primeiro momento para recolher mais informações. Sendo assim começou o seu trabalho. Não tinha pressa, e tão pouco demonstrava qualquer reação.

O primeiro disparo foi feito após alguns segundos, acertando o topo da cabeça do patinho amarelo e, diferentemente do que muitos poderiam esperar, ele continuou em pé. Porém não foi isso que chegou a atenção da mulher, e sim o barulho intenso — e sua propagação —, que a colisão havia causado.

Fez o mesmo com o segundo, terceiro e quarto tiro, sempre mirando e acertando em regiões diferentes. E tal como antes, som bruto e concentro era ouvido de forma firme. Havia algo de errado. Sabia que aqueles alvos costumavam ser feitos de diferentes materiais, como madeira e folhas de aço. Porém o que barulho indicava era que os patos eram constituídos inteiramente de um metal bem resistente, como ferro ou chumbo. Provavelmente a última opção, pela natureza do metal.

Essa informação foi anotada em sua mente, antes de realizar o quinto disparo, agora atentando-se a qualquer sinal de deformação na formação, também fruto do impacto. E o resultado foi a observação de sutis detalhes, que também foram observados após as tentativas seguintes.

Via os patos dando voltas e mais voltas, e mirava sempre nos mesmos dois, para ter certeza do resultado, dando uma maior veridicidade aos dados recolhidos.

Desde a base até o topo dos alvos o resultado era sempre igual, tanto em ruído, quanto em danos. A única diferença era que, após acertar determinados locais específicos, o patinho ainda se movia um pouco para trás, porém nunca chegava a ser derrubado por completado.

Em muitos lugares pessoas colocavam algum suporte atrás do alvo, com peso ou coisas do tipo. Ali, entretanto, o barbudo pareceu ter ido além, alterando a própria composição dos objetos. Um truque sujo, e que lhe certificaria de que jamais sairia perdendo naquele último nível. E em casos de desconfiança simples, bastaria chamar o participante para olhar atrás do pato e pronto, veria que tudo estava dentro da normalidade ali.

Porém Ania não era alguém comum.

— Muito bem, senhor. Agora que tal parar de gracinha e trocar logo esses patinhos amarelos feitos de chumbo pelos do mesmo material que os demais? — Disse, após finalizar sua primeira tentativa, repousando a arma sobre o balcão e se inclinando para frente.

Um olhar frio e calculista, a falta de sorriso no rosto, a convicção naquilo que dizia. Tudo pareceu deixar o homem em choque, gaguejando em busca por uma resposta.

— Nem adianta tentar mentir. Eu disparei sempre contra os mesmos alvos, todos com tiros certeiros, em diferentes áreas, e em nenhuma das vezes eles foram derrubados. — Comecei a explicar. — Convenhamos, você é esperto, não usa pesos atrás, e também duvido que tenha alterado todos os patos, apenas uns quatro ou cinco, para ter certeza de que não sairia derrotado. Agora veja bem, você tem duas opções, a primeira é agir com mais honestidade e tudo termina bem, e a segunda é que eu faça uma denúncia em alto e bom som aqui, o que vai, no mínimo, afastar sua freguesia. O que acha? — Sorriu, com um ar vitorioso e esnobe, aplicando um tom ameaçador e, ao mesmo tempo, sarcástivo enquanto ouvia o homem reclamar. Todavia, não demorou muito para que ele começasse a retirar cinco dos objetos, substituindo-os.

Se antes havia alguma chance de Ania estar errada, essa foi por água abaixo naquele momento. E então, com ainda uma rodada de tiros já paga, ela voltou a erguer a espingarda carregada com balas de borrachas, apontando-a e disparando, agora sem qualquer dificuldade para vencer o “dono da casa”.

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Mensagem por Ania Isra Qua Abr 14, 2021 3:19 pm

Criança Perdida.

03 de Abril de 2021 — Washington, DC.

Sem a trapaça por trás da barraca de tiro, vencer o desafio e conseguir o suposto prêmio desejado não se mostrou uma tarefa tão difícil.

E então, após acertar oito dos dez tiros, Ania recebeu a sua recompensa, acompanhada de um olhar atravessado e resmungos por parte do dono da barrada. Ele claramente não estava nada satisfeito com a situação. Porém nada daquilo realmente importava, nem o humor desagradável do sujeito, nem o unicórnio colorido de pelúcia que a mulher havia ganhado.

— Obrigada. — Respondeu cinicamente, oferecendo um sorriso forçado para o sujeito enquanto recolhia o chamativo objeto.

O que iria fazer com aquilo? Bom, isso ainda não sabia. Talvez deixasse em algum banco, para que uma criança pudesse usufruir, ou quem sabe o entregasse para alguma menininha em condições de necessidade. Sim, é verdade que um unicórnio de pelúcia não resolveria seus problemas, mas talvez lhe fizesse sorrir um pouco.

Por incrível que pareça, a mulher não era um monstro sem coração, apenas não apresentava qualquer empatia com os mutantes que se infiltravam entre inocentes civis. Mas enfim, isso não vem ao caso.

Assim que deixou a barraca de tiro para trás, mesclando-se em meio à multidão, algo lhe chamou a atenção: um choro. Alto, agudo e desesperador. O choro de uma criança amedrontada. Sua expressão imediatamente foi alterada. Ela, que antes demonstrava tranquilidade, agora passava a mais pura irritação.

Para a Isra a explicação para aquilo era apenas uma, a de que algum mutante havia aprontado. E então, naquele momento, somente uma coisa lhe passou pela mente, enquanto os olhos analíticos buscavam pela fonte do som. “O que esses monstros fizeram?”

Atentava-se a todos ao seu redor, enquanto permitia-se guiar em direção ao choro. Buscava movimentações suspeitas, porém tudo o que encontrava era a total apatia por parte das pessoas. Todos pareciam ignorar a demonstração de dor ou medo. Porém a mulher não era como as demais. E assim que viu o pequeno corpo, encolhido perto do carrossel, esfregando os olhos com as costas da mão, se aproximou.

Não conseguiu evitar o suspiro de alívio ao ver que não havia nenhum ferimento aparente, mesmo sabendo que a situação ainda poderia ser grave.

— O que houve, criança? — Perguntou, agachando-se a alguns centímetros da pequena. Não queria que essa se sentisse encurralada ou coisa do tipo. — Aconteceu alguma coisa? Onde estão seus pais? — As naturais perguntas ecoavam com tranquilidade, demonstrando uma singela preocupação.

Todavia, não obteve resposta. A menina parecia assustada, e provavelmente havia sido instruída a não falar com estranhos.

— Meu nome é Ania. Eu sou médica. Posso ajudar, se quiser. — Continuou tentando, agora recebendo um pouco de atenção. Embora essa talvez tivesse sido conquistada pela enorme pelúcia que carregava em uma das mãos. E ao perceber essa opção, não pôde deixar de sorrir e oferecer o brinquedo para a mais nova. — Você quer isso? — Questionou, mas antes que pudesse ter uma resposta verbal, sentiu o objeto sendo arrancado de sua mão.

Enquanto isso, os olhos estavam atentos, buscando qualquer sinal de onde estavam os responsáveis por aquela criança.

— E-eu me perdi. — A voz falha e manhosa da menina enfim se fez presente em palavras.

— Você veio para cá com quem? — Ania se aproximou um pouco mais, agora sentando-se ao lado da outra.

— Com a minha vovó Lana. — Respondeu, apertando o unicórnio. — Eu me distraí com os cavalinhos desse brinquedo e soltei a mão dela, agora ela se foi. — A fala continha um tom pesado, como se ela estivesse realmente sofrendo com tudo aquilo.

— Eu tenho certeza que sua avó está lhe procurando. Que tal procurarmos um dos seguranças? Eles certamente têm acesso às caixas de som, aí podemos chamar pela sua avó. O que acha? — Propôs, levantando-se e estendendo a mão.

— Tá bem. — A menina assentiu com a cabeça, aceitando o gesto gentil.

Ania não sabia muito bem como agir, por isso permaneceu séria, enquanto guiava a mais nova por entre a multidão, buscando por qualquer pessoa uniformizada. Aquilo, além de ajudar a pobre criança perdida, também faria com que fosse vista apenas como uma boa pessoa, que estava disposta a ajudar os outros. Algo que poderia vir a ser útil no futuro.

— Senhora Lana! — Gritava, de tempos em tempos, buscando por qualquer resposta.

Durante os minutos seguinte, a mais nova se identificou como Maia, e descreveu a avó de forma superficial, de modo que parecia apenas uma senhora comum, com todos os estereótipos possíveis do seu título. Ainda assim, já era alguma coisa.

Ania continuou atenta, procurando tanto por guardas quanto por pessoas que se enquadravam na descrição. E sempre que avistava alguém, apontava para que a pequena pudesse dizer se era ou não a sua avó. Porém infelizmente não estava tendo muita sorte.

— Venha. Deve ter algum segurança perto do palanque. — Disse, já cansada daquilo tudo.

E então começaram a seguir na direção apontada. Todavia, não seria tão fácil assim chegar até o palco, visto que as grades protegiam a área.

— Ei. Por favor, deixem-nos passar, é importante. — Tentou argumentar para um dos seguranças.

— Essa área ainda não está liberada, senhora. Sinto muito, mas você e sua filha terão que voltar depois — Respondeu um dos homens.

— Tudo bem, eu entendo. Mas essa menininha está perdida, ela não é minha filha, e está procurando pela avó. Deixe-a pelo menos ficar protegida aí dentro, para que nada de ruim aconteça. — Explicou, movendo o corpo da menor para frente do seu. — Vocês têm acesso às caixas de som espalhadas pela praça, não tem? Será que posso fazer uma chamada, ou talvez vocês possam fazer? Parece que a mulher se chama Lana. — Ania atuava de forma convicta, demonstrando uma real preocupação para com a criança e toda a situação. — Por favor. — Implorou, tombando a cabeça para o lado e moldando a expressão para que fosse mais convincente.

— Tudo bem. Ela pode entrar. Mas só ela. — Disse o segurança, afastando uma das grades.

Nesse momento, Maia apertou ainda mais a mão de Ania, encolhendo-se contra seu corpo, como se pedisse proteção.

Nada precisou ser dito, aquele gesto de ingenuidade foi o que bastou para que a entrada de ambas fosse liberada.

— Seja breve, não queremos nos meter em confusão por aqui. — O homem apontou para a subida do palanque, dando as costas em seguida para voltar a fechar a grade.

A Isra, nesse momento, revirou os olhos e soltou um pesado suspiro, antes de se dirigiu até a área de maior visão, envolvendo o microfone em mãos.

— Senhora Lana, por favor se dirija até a área onde irá ocorrer o discurso presidencial. Sua neta Maia está aqui, procurando pela...

— Vovó. Vovó, vem me buscar. — Gritou a pequena, puxando o braço de Ania para baixo, tomando o microfone para si e interrompendo o pronunciamento da mais velha.

Talvez em outro momento a integrante da GENESIS tivesse ficado irritada, mas não naquele, não diante de tanta inocência e espontaneidade, que certamente surtiria ainda mais efeito.

Dito e feito. Não foi necessário esperar mais do que dois minutos para que a ação surtisse efeito. Uma senhora surgiu em meio à multidão, chorando, gritando e correndo em direção à criança.

Uma bela cena, sem dúvida, que se estendeu por um bom tempo.

— Tome aqui, Maia. Pode ficar com ele. — Com a pelúcia, que havia sido deixada sobre o palanque, em mãos, Ania se ajoelhou. Entregava-a mais uma vez para a criança, que lhe abraçou em agradecimento, gesto que foi imitado pela avó. A senhora parecia não ter palavras para explicar o quanto havia ficado desesperada pelo sumiço da neta.

Uma demonstração pública de bondade. Isso era tudo o que ela precisava para alimentar sua imagem.

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Mensagem por Eurëka Oesterlen Sex Abr 16, 2021 9:09 pm

Avaliação


ESCRITA EQUIVALE A 30%: Critério referente à ortografia e gramática.
CRIATIVIDADE EQUIVALE A 40%: Conseguir prender a atenção do leitor.
REALISMO EQUIVALE A 30%: Desafios que não escapem à realidade, prevalecendo a humanidade no post.

Boa noite, querida!

Gostaria de começar dizendo que amei a Ania, ainda que a maioria dos subordinados da GÊNESIS não possua uma boa índole por de trás de seus atos bondosos - sendo estes no mínimo suspeitos. Apesar de sua repulsa pelos humanos com os genes mutagênicos, ela parece diferenciá-los entre puros e impuros, o que poderia ser um resquício de benevolência dentro da concepção de Ania. Será que isso poderia se tornar um problema?

Bom, com relação aos textos eu serei breve. O objetivo em ambas foi sanado, sem muita demora e de forma bem feita, contudo, vários erros foram encontrados e que infelizmente não puderam ser deixados de lado. Eles poderiam ter sido evitados com uma revisão mais assídua. Houve a troca de "presente" ao invés de "presidente", um "ao menos" ao contrário de um "somente", "completado" quando na verdade deveria ser um "completo". Enfim, houveram esses erros e mais alguns. Devido a isso, uma redução de 5% foi descontada.

De resto, você foi muito bem!

Em base dessa avaliação, eis o seu resultado:

ESCRITA EQUIVALE A 30%: 25%.
CRIATIVIDADE EQUIVALE A 40%: 40%.
REALISMO EQUIVALE A 30%: 30%.

TOTAL: 95% = (380XP + 95D) + (475XP + 285D), gerando um todo de 855XP e 380D.

ADENDOS: Nenhum!

ATT - Eurëka Oesterlen.


Eurëka Oesterlen
91

26/12/2015

48

Estados Unidos da América

Eurëka Oesterlen
Patrão

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Mensagem por Ania Isra Ter Abr 20, 2021 4:49 pm

Ordem!
03 de Abril de 2021 — Washington, DC.

A moral é duvidosa, tal como os seus critérios. Alguns associam tal característica a fatores estéticos, e eu, particularmente, concordo. Mas não, não irei trabalhar o bom e velho exemplo de quem mata uma barata e uma borboleta. Em vez disso, vejamos as seguintes situações:

1ª – Uma mãe gritando ou brigando com o seu filho em um parque, enquanto esse chora.
2ª – Um adulto supostamente preocupado com uma criança aparentemente perdida e com medo.

Ambos os casos chamam a atenção, porém por razões distintas, gerando julgamentos e condenações preconceituosas — no seu mais puro significado.

No primeiro deles, criticamos a pessoa adulta, sem nem ao menos sabermos o que está acontecendo. Ainda assim taxamos a mulher como a vilã de uma história que sequer conhecemos. Já no segundo, enxergamos a ação como admirável, algo louvável. E por isso entregamos o título de herói ao sujeito, mesmo sem saber o que está por trás da cena.

Entende agora o meu ponto? Todo o seu veredito, todo seu perecer se dá unicamente pela análise visual isolada de um acontecimento que é desconhecido. Ainda assim, todos se sentem no dever de opinar e criticar ou idolatrar.

Pois bem, é, então, a partir desse ponto que irei contar mais essa história. E talvez agora você, bom leitor, entenda o motivo de ter sido tão importante a encenação do papel de boa samaritana ao ajudar a doce Maia, perdida de sua avó, que foi contada anteriormente.

Quando se tem algo a esconder, quando se sabe que manter uma imagem é necessário, tudo o que queremos é nos aproveitar do falso senso moral dos tolos que nos rodeiam. E convenhamos, cuidar de uma criancinha chorando foi uma tacada de mestre para criar em mim o estereótipo de boa samaritana, não concorda?

É, eu sei, o meu papel ali, naquele evento, era outro. Ainda assim, precisava manter uma imagem não suspeita, afinal, não fazia parte dos meus planos ser capturada ou coisa do tipo.

E, bom, considerando esse pensamento você já deve imaginar qual foi a minha reação ao ouvir uma nada discreta gritaria, acompanhada de uma incomum movimentação. Quer dizer, a julgar pela correria de família se afastando do som, e do aproximar acalorada de adolescentes idiotas, não precisei de muitos neurônios para deduzir do que o tumultuado evento se tratava.

E aí, você consegue arriscar um palpite? Isso mesmo, uma bela de uma briga.

Desse modo, visando manter a imagem de boa e zelosa mulher, lá fui eu correr em direção à confusão, com a intenção de apaziguá-la.

— O que houve? Está tudo bem? — Perguntei, enquanto avançava, tentando demonstrar qualquer preocupação para com as pessoas pelas quais passava. — Alguém se machucou? — De tempos em tempos eu girava, buscando acompanhar o movimento de alguma mãe ou pai, que fugia junto de uma criança. Tudo parte da encenação.

A verdade é que eu pouco me importava com o que raios estava acontecendo. Quer dizer, confesso que cheguei a condenar aqueles insetos repugnantes, chamados de mutantes. Porém era idiota pensar nisso, afinal, se aquilo fosse fruto de alguma brincadeira daquelas aberrações, certamente a confusão seria muito maior. Quem sabe até já não teria ocorrido uma explosão ou coisa do tipo?

Opa, divaguei demais, não é mesmo? Desculpa. Vamos voltar aos acontecimentos daquele início de noite.

Tornava minha respiração pesada, e abria um pouco mais os olhos enquanto diminuía a distância até à tal briga, localizada perto da barraca de pescaria que, por sinal, era ao lado da de tiro. E imagine só a minha surpresa quando me deparei com o barbudo idiota da barraca de tiros, trocando socos com um sujeito duas vezes maior do que ele.

Para piorar, alguns jovens acalorados começavam a se empurrar, defendendo os seus lados da história, os seus “heróis.”

— Aquele idiota voltou a trapacear, só pode. — Sussurrei, revirando os olhos, enquanto abria caminho por entre os homens que incentivavam aquele número patético, enquanto se empurravam e apontavam os dedos em provocações vazias.

O revisar dos olhos ao ver o responsável pela trapaça na barraca de tiro receber dois golpes, que o levaram ao chão, foi inevitável. Ele não havia aprendido nada com a nossa conversinha de mais cedo, e embora eu realmente achasse que merecia tudo aquilo, acabei por me intrometer. O motivo? Bom, precisava manter minha imagem de boa samaritana, não é mesmo?

Sendo assim, antes que o homem que havia sido enganado pudesse se ajoelhar sobre o impostor para terminar o seu trabalho, apoiei minha mão destra sobre o seu ombro, puxando-o levemente para trás. Claro, não surtiu nenhum efeito mecânico, porém chamou a atenção do sujeito, que me encarou de forma enraivecida.

— Parou, pessoal! — Ordenei, olhando ao redor e elevando a voz. Mantinha seriedade, enquanto lançava um olhar para todos que ali se encontravam presentes, incluindo a criança encolhida perto de uma das barracas.

— O que pensa que está fazendo? — O pugilista perguntou, bufando em desaprovação.

— Olha, meu amigo. Eu sei que esse cara aí merece um bom e velho corretivo. Mas violência não é a melhor solução, não vai mudar nada. — Comecei a responder. — E quanto aos demais. Qual é? Isso aqui não é um show de rock onde o que começa com duas pessoas se batendo acaba se transformando um círculo de porrada. — Tentei argumentar, mantendo um tom tranquilo e um olhar apaziguador. Todavia, o resultado não foi muito bom.

Em meio às palavras, o barbudo conseguiu se levantar, avançando contra o suposto cliente, agarrando-o pela cintura, enquanto o xingava. E, bom, óbvio que aquilo acabou por jogar mais lenha na fogueira, incentivando toda a confusão que rodeava a briga principal.

Homens... Realmente não conseguem ser mais idiotas e infantis, não é mesmo?

— Vocês realmente não querem isso, rapazes. — Independente do que eu dizia, e em qual tom, as palavras pareciam se perder no ar.

E sério, aquilo era muito irritante. Em vez de ser ouvida, me via sendo obrigada a desviar de alguns socos aleatórios, desferidos ao acaso, guiados pela raiva e incentivados pelos aplausos e gritos por parte da plateia.

— Esse idiota é um trapaceiro, tem que pagar pelo que faz. — Berrou o injustiçado, antes de desferir um soco de cima para baixo, na cabeça do barbudo da barraca de entretenimento, jogando-o novamente ao chão. Nesse momento, brados eram ouvidos, tal como incentivos por partes dos adolescentes.

— Eu não fiz nada. Ele que é um bebê chorão. — O homem menor gritou, fazendo-me revirar os olhos.

— Tá, e eu sou a Virgem Maria. Até parece que não te conheço. — Disse, revirando os olhos e voltando a atenção para o outro sujeito. — Acredite, eu sei bem o que você está sentindo, passei pelo mesmo há pouco tempo. — Voltei a interferir, dessa vez me posicionando entre os dois, abrindo os braços e pisando sobre o que estava deitado, antes que pudesse se erguer.

É, eu sei que não foi algo “correto”, mas convenhamos, o cara estava merecendo coisa muito pior. E, bom, de certa forma aquilo deu certo. Pois acabei por chamar a atenção de todos, que pararam um instante para olhar a “senhora” quase pisar sobre as bolas de um valentão.

— Ele é um metido a espertalhão, mas de nada isso vai adiantar. Quer dizer, agora a pouco eu estava no seu lugar, e tentei conversar com ele. Agora você usa a violência, e está desencadeando a maior confusão. — Comecei a explicar. — Sinceramente? Duvido que ele vá parar assim. Existem formas melhores de lidar com isso, não acha? Formas que não envolvam a polícia te repreendendo, não concorda?

— Não, eu não acho e nem ligo para a polícia. O que eu quero mesmo é quebrar a cara desse sujeito, para ele aprender a não querer se dar bem às custas da ingenuidade de crianças. — Esbravejou, cuspindo no chã antes de armar um novo soco, o que me fez revirar os olhos. Homens eram tão impulsivos que chegavam a ser piores que crianças.

— Olha, convenhamos, se você continuar com isso, vai acabar sendo expulso do parque. E não é isso que você quer, é? — Disse, enfatizando as palavras finais, antes de apontar com a cabeça para figura de um menino, que estava escondido perto da barraca. — Aquele é o seu filho, não é? Se parece com o senhor. Olha bem para ele, está assustado. Não foi certo esse homem trapacear na sua barraca, mas você acha que vale mesmo a pena estragar o tempo com seu filho por conta de um sujeito como esse? — Amenizei a voz, acrescentando um toque de preocupação e empatia.

O resultado demorou alguns segundos para se tornar visível, mas quando o homem abaixou o punho e deu um passo para trás. Todo aquele falatório e a interrupção da luta principal pareceu dispersar parte dos adolescentes que antes se empurravam e trocavam tapas e socos ao acaso.

— Ainda assim eu quero que esse desgraçado pague de alguma forma. — Afirmou, chamando o menino para perto de si e o abraçando.

— Claro, claro. Eu também quero isso. — Minha voz era calma, e junto das palavras, um leve sorriso se desenhava nos lábios, ignorando as vaias por partes dos adolescentes, que começavam a se afastar.

O homem no chão, enquanto isso, resmungava e tentava se levantar. Mas a cada vez, eu forçava mais o meu peso contra o pé que estava presente sobre seu tronco, quase nas regiões mais delicadas de seu corpo.

— Porém existem outros meios de se fazer isso, não é mesmo? Que tal pegar uma daquelas algemas com revestimento de pelúcia que tem ali na barraca? Podemos amarrá-lo e chamar pelos seguranças. Tenho certeza que vão expulsá-lo daqui, e aí você vai poder aproveitar o resto do dia com seu amado filho. — Sorri, fechando os olhos.

E olhe só, não é que deu certo? O pai não demorou mais do que alguns segundos para pedir à criança para que pegasse a algema com estofado de pelúcia. E então, em dois minutos o barbudo da barraca se encontrava preso ao seu próprio estabelecimento, reclamando, enquanto os seguranças locais eram chamados.

E foi assim, meu leitor, que a segunda boa ação do dia foi realizada, mantendo assim minha falsa boa imagem.

Ao avaliador:
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