A jornada de Thorstein o havia levado até a diretoria de operações da Genesis. Mas até onde essa nova função em sua vida poderia leva-lo? Até onde o seu destino estava escrito? Esses eram questionamentos em que o moreno sempre vivia se perguntando. Para Thor, o destino era apenas alguém extremamente poderoso que estava brincando com as vidas alheias e ele queria simplesmente se soltar dessas amarras, dos fios do destino, mas ele precisava viver sua vida da forma como havia sido planejada para não demonstrar tais sentimentos e desejos. Ou tais desejos e sentimentos também faziam parte das brincadeiras eloquentes de um ser poderoso? Ninguém nunca poderia saber e Thor claramente não queria isso também.

Após despertar de um sono extremamente profundo que o fizera ter tais pensamentos. O mimético se levantava e ia até o banheiro, fazendo suas necessidades e se banhando para então começar o seu dia, porém não seria como os demais dias monótonos que sua vida tinha tomado rumo após aquela promoção para a diretoria.
Com poucos membros acessíveis e extremamente confiáveis ali sob o seu comando, Thor decidia fazer uma viagem ele mesmo até a capital estadunidense. Ele havia recebido informações de que ocorreria uma feira proporcionada pelo Governo Americano onde muitos ali poderiam simplesmente se divertir, mas Thor sabia muito bem que o governo estava planejando algo e algo bem grande, afinal para que eles realizariam um evento onde até mesmo o presidente apareceria? Thor precisava comprovar tais fatos com seus próprios olhos e por conta disso ele saía de seu banho e pegava simples roupas, além de algumas extras, afinal iria precisar e assim ia até o campo de treinamento da base, totalmente aberto e se transformava em Dragão. Decolando aos céus com uma força e velocidade dignas de um dragão.

A viagem não iria demorar mais do que algumas horas, talvez uma meia dúzia. Mas isso seria tempo mais que suficiente para ele aproveitar a brisa rarefeita acima das nuvens. Quem o visse, veria apenas uma sombra negra em alta velocidade. Não seria algo fácil de se ver com a velocidade em que ele estava, mesmo tendo um corpo enorme. Ele aproveitava algumas vezes para descer abaixo das nuvens e pegar alguns animais voadores que voavam por ali, ficando numa altura onde radares e sonares não poderiam detectá-lo e então voando para cima das nuvens uma vez mais. Era uma viagem típica de Thorstein Phoenix. O Dragão Negro. Acnologia.

Com pouco mais de sete horas de voo, Thorstein chegava num campo de plantação, talvez de soja, no leste de Washington D.C. Ele pousava e se transformava em um simples humano, colocando suas vestimentas casuais. Uma blusa jeans e uma calça preta, deixando seus cabelos soltos voando contra o forte vento que ali batia. Aquela plantação fazia parte de uma fazenda e graças à isso, Thorstein conseguia um veículo, ainda que velho, mas era o suficiente para em 30 minutos ele chegar no evento.

Passada a meia hora de viagem como um humano qualquer. Thor chegou no evento oferecido de bom grato pelo governo americano. Ele se identificava como Blake Harrison, um jovem camponês amante da tecnologia e que tinha ido até ali para arranjar algumas gatinhas. Sua entrada era permitida e então ele sorria para os guardas. “Patéticos...Ainda se dizem da segurança nacional...Qualquer um sabe que você estão monitorando quem entra e quem sai dessa bagaça aqui...Eu vou é destruir tudo...Só me aguardem.” O sorriso que surgia nos lábios de Thor após aqueles pensamentos era nítido para quem passasse perto dele. Um sorriso de um psicopata pronto para fazer qualquer coisa que lhe viesse a mente. Mas Thor simplesmente aproveitaria o local como bem desejasse, iria analisar todo o terreno antes de fazer qualquer coisa e se divertir ao melhor estilo nórdico.

Com uma tulipa de cerveja em sua mão e um espeto de carne mal passada em outra, o moreno de longos cabelos caminhava tranquilo por entre barracas, mães solteiras, pais desesperados e adolescentes tentando serem adultos totalmente embriagados e drogados. Um casal de mulheres com uma criança acabava se esbarrando no mimético que apenas olhava para elas, sorrindo para as mesmas. -Vocês não precisam pedir desculpas, não fizeram nada...Apenas aproveitem o evento!- Quem olhasse para Thor não imaginaria que em sua cabeça ele simplesmente estava simulando como seria a cabeça daquelas duas mulheres rolando para dentro de uma barraca de tiro ao alvo e o corpo da criança sendo afundado em um lago qualquer. O sorriso gentil de Thor escondia tais pensamento e ele simplesmente dava as costas para as mulheres e voltava a caminhar por entre aqueles locais.

Já se passava do meio dia, muitos estavam reunidos numa enorme praça de alimentação almoçando, mas era nítido que muito mais pessoas estavam se aglomerando ali, de forma que ficava um pouco mais difícil a locomoção tranquila pelo local. Talvez Thor fosse apenas um claustrófobo ou então seu temperamento de dragão estava acabando e ele já queria matar muitos ali, mas ele se mantinha focado em analisar tudo. Muitos brinquedos e áreas mais difíceis e amplas haviam sido analisadas, agora só faltava as barracas e a casa mal assombrada, um local em que ele poderia se divertir bastante por ali, mas antes ele iria instaurar certo caos no meio das barracas.

Finalizando com a décima terceira garrafa de cerveja, ele sorria consigo mesmo ao ver um certo nível de tensão no ar ao redor de uma barraca de pescaria. Crianças, adolescentes, adultos e até idosos estavam reunidos ali, claramente era uma bela competição que no fim não levaria à nada. Mas essa era a essência humana. Lutar por prazer de simplesmente ganhar e se sentir superior aos outros. Lutar pelo simples fato de ver seus adversários na lama, lamentando a derrota, se martirizando por ser fraco. Thor mesmo era assim, era algo que era típico da humanidade, a famosa frase “Sou infantil e odeio perder” , se aplicava exatamente para 100% da humanidade, afinal quem desejasse perder, não merecia estar vivo e por isso ele adorava ver aquela animosidade toda em torno de uma simples barraca de brincadeira infantil.

O dragão se aproximou da barraca e começou a ver, a disputa girava em torno de uma mulher, dois homens fortes e barbados e um idoso que ninguém daria nada para ele. Seria então pelo homem mais forte e barbado que Thor começaria. De longe, ele apenas gritava. -ESSES DOIS AI NÃO SÃO DE NADA...VÃO PERDER PRA UM VELHO QUE TÁ COM A VARA TREMENDO E PRA UMA MULHER FRANZINA QUE DEVE ESTAR FAZENDO É A VARA DELES SUBIR...SÃO PATÉTICOS!!!- O moreno sorria e saia da posição, ouvindo um dos caras resmungar. -Quem foi que disse isso, apareça aqui logo?!- Thor então apareceu do lado do outro homem que estava tão nervoso quanto o que resmungou e sussurrou. -Acabei de saber que a mulher ali fala que a vara que ela está segurando é a maior daquela barraca e de quem está em volta dela.- Era nítido que falar do tamanho de um aparelho reprodutor masculino afetava um homem forte que se apegava à aparência com facilidade. Thor apenas se desfrutaria do que viria a seguir, mas antes de sair dali, ele ia até a mulher e sussurrava em seu ouvido. -O velhote falou que você sabe muito bem como segurar em uma vara e quer que você segure a dele. Já o barbudão moreno ali, disse que você presta mais para limpar o chão da casa de quatro do que ficar brincando de pescaria. – Thor sorriu e se afastou e então viu o caos se instaurar da forma como ele desejava.

O homem que havia resmungado ficava a procura de quem havia o insultado. Já a mulher tacava a vara de longe no velho, machucando a cabeça frágil do mesmo que simplesmente caia no chão. Já o outro bombado barbudo, que havia sido insultado pelo tamanho do documento simplesmente aparecia diante da mulher e lhe dava um soco. Ali naquele momento, uma briga enorme era iniciada. Era vara de pesca de bambu voando pra um lado, tênis e sapatilhas voando para outro. Sangue sendo jorrado de bocas. A cabeça do velho sendo esmagada. Porém Thor não conseguia ficar ali parado, ele se misturava na briga e começava a dar socos em todo mundo que via, nutrindo aquele sentimento inicial de raiva por conta da aglomeração e se saboreando com o gosto de sangue alheio que era espirrado em seus lábios devido ao fato dos golpes dele serem totalmente fora do comum. Mas logo o membro da Genesis saia da briga, não queria ser pego e então simplesmente saia dali com os punhos e rosto banhados em sangue, alguns arranhões e hematomas que lhe divertiam e nada mais, sua pele era bem resistente e ele simplesmente saia dali andando, mostrando que todo aquele caos havia sido completamente divertido para ele.

Missão: