Este é o tópico de armazenamento dos treinos sem outros participantes de Luna Moon Schreiber (Moon Haneul), que é uma usuária de magia literária: um poder de materializar as palavras que saem de sua boca. Este post é um guia de como os textos deverão ser tratados enquanto neste tópico. Ou seja, todos os informes sobre como as tags do texto vão funcionar e também sobre a cronologia vão seguir essas instruções. Além disso, este post contém as regras para o tratamento deste tópico por outros usuários.

Regras:

§ 1.: Este post não contém os textos em ordem cronológica. Portanto, cada texto irá ter uma referência acerca da data em que ele ocorre.
§ 2.: Os únicos usuários que são permitidos postarem nesse tópico são a própria autora e os avaliadores. Qualquer outro que ousar postar aqui terá seu post removido pela administração e as medidas cabíveis adotadas.
§ 3.: Assim como o parágrafo 1 explicita, haverão referências não só acerca da data, como também de que tipo de texto ele se refere e quaisquer alertas necessários para o real aproveitamento do texto.
§ 4.: Ao final de cada texto, haverá um resumo em citação de até oito linhas acerca do conteúdo escrito. Isso é implementado para facilitar os apressadinhos que não queiram ler os textos para entender a trama da personagem.
§ 5.: Como subentendido no parágrafo 3, nem todos os textos aqui serão apropriados para menores de 18 anos. Tais serão indicados por meio das referências contidas antes do texto. Porém, todos os resumos serão adequados para o público livre.
§ 6.: Neste tópico o local é fixo, sendo o centro de treinamento do Instituto Blackmore.

Dito isto, boa leitura.

Tipo de RP: Treino
Participantes: Luna Schreiber
Tempo: Se dá durante o dia 12/10/2020.
Assunto: Livre para todos os públicos
Contexto: Luna acabou de chegar no Instituto Blackmore, depois de ter passado por muitos exames para saber sobre sua condição física. Confinada a uma série de instruções médicas, a jovem precisa recuperar-se fisicamente do tempo que passou congelada, isso significando uma série de treinamentos físicos.

OFF: Treinamento para adquirir a seguinte perícia:
FORTITUDE (CON) - Esta perícia mede seu vigor e resistência física, o quão bem você consegue aguentar o “tranco” e se manter de pé mesmo contra tudo e contra todos. A Fortitude é o principal teste que seu personagem irá rolar em casos de combate corpo a corpo ou envolvendo armas brancas de curto alcance.

Dito isto, boa leitura.


Não haviam palavras para descrever a dor que ela sentia ao tentar andar. A garota dava menos de dois passos e suas pernas não aguentavam, fazendo com que ela tivesse que ser amparada pelos funcionários do instituto Blackmore. Seu estado deplorável a envergonhava: se sentia uma completa incapaz e, por não ter como esconder suas fraquezas, ficava cada vez mais retraída, quieta de uma maneira que nunca tinha sido antes. Não bastava somente a inadequação que sentia por estar em uma época tão diferente da que tinha sido congelada, o destino também precisava reduzi-la a somente um saco de carne que respirava.

Isso a frustrava de um jeito que nenhuma daquelas pessoas conseguiria realmente entender. Por isso, nas semanas subsequentes à sua chegada no instituto, ela se forçava a ultrapassar seus limites e, quando falhava porque seu corpo não conseguia acompanhar a vontade da sua mente, entrava em uma crise de raiva e choro, tendo que ser dopada para que os outros a levassem para seu quarto. Em seus pesadelos, Von Schreiber ria da situação que ela tinha sido colocada: um deboche por ter fugido naquela fatídica noite.

Naquele dia 12, ela não esperou pela enfermeira que sempre a levava para o centro de treinamento. Em vez disso, usou seus fracos braços para se posicionar na cadeira de rodas e, sentindo eles arderem como brasa, tentou ignorar a sensação em prol de se direcionar para o local. Recusando qualquer tipo de ajuda vinda dos poucos alunos que passavam pelos corredores naquele horário, já que o sol nem tinha nascido ainda, ela chegou no local, surpreendendo alguns funcionários que ali estavam.

— Eu vim para o treinamento. — disse, avançando em sua cadeira como se seus braços fossem mais poderosos do que eram. — Vocês podem colocar o módulo para mim?

Os funcionários tentaram dissuadi-la no intuito de ao menos gastar tempo para que a equipe médica do local fosse acionada. Porém, não conseguiram por medo do que ela poderia fazer, já que a extensão de seu poder mágico ainda era desconhecida por boa parte das pessoas ali. Montando o módulo, os indivíduos se afastaram e, sem saber o que fazer, observaram a garota lutar contra ela mesma, tentando dar mais do que alguns passos. Suas pernas tremiam, não aguentando o peso do corpo, mas ainda se esforçando para satisfazer as vontades de sua dona. Os braços mal conseguiam segurar nas barras de auxílio sem parecer que não iriam aguentar. Seu cérebro sinalizava a dor do ácido lático em seu sangue, que ela ignorava até onde podia.

As pernas cederam depois de cinco passos e, antes mesmo que os funcionários tivessem reação, ela bateu a cabeça com tudo no chão. Passos rápidos foram ouvidos no recinto, sombras chegando perto do corpo caído e mãos ajudando a ele se levantar. Um corte feio fora feito na sobrancelha da garota por causa da queda, sangrando muito, mas não parecendo realmente grave. Debatendo-se, Luna conseguiu colocar os braços na barra de apoio, se recusando a sair dali.

A equipe médica chegou apressadamente com o burburinho que tinha acontecido ali. A diretora do local apareceu junto com outras pessoas e impediu que os funcionários sedassem Luna mais uma vez, talvez tocada pela demonstração da garota ou simplesmente esperando que ela se cansasse o suficiente para não causar mais acidentes. O que surpreendeu foi que, embora o corpo de Luna pedisse por descanso, naquelas 6 horas que ela ficou no recinto de treinamento, ela ficou tentando mexer o corpo na base da sua própria força mental, se recusando até mesmo a usar seus poderes para facilitar o processo.

Quando ela caiu exausta no chão, dessa vez amparada por pessoas mais próximas, era visível a frustração que estava em seu rosto. Sem energia para se debater, foi arrastada para a ala hospitalar do instituto contra a sua vontade, expressando a revolta que sentia através de palavras em coreano que ninguém entendia e sua expressão que estava entre entristecida e frustrada. Naquela hora, ela se sentia como um ser excluido, fora da realidade como um artefato antigo em um museu.

Algumas pessoas ainda ficaram no centro de treinamento, fitando o rastro de sangue e lágrimas que marcavam o chão do local.