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Mensagem por Desirée Chamberlain Dom Abr 04, 2021 8:08 pm

Beautiful Liar

Tipo de RP: Aberta.
Participantes: Desirée Chamberlain e Francesco De Sole.
Espaço: Instituto Blackmore.
Tempo: 13h, dia 01 de abril de 2021.
Assunto: Livre para todos os públicos.
Contexto: A RP será realizada para o desenvolvimento de um treinamento entre os amigos Desirée e Francesco, como, também, desenvolver suas tramas em conjunto e crescimento individual. Tudo acontece no gramado ao lado dos campos de atletismo do Instituto Blackmore. (Repostando)


Desirée Chamberlain
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Mensagem por Desirée Chamberlain Dom Abr 04, 2021 8:13 pm

Beautiful LiarHe said, I'm worth it, his one desire (não said, mas me iludi)
Conheci Francesco no dia em que entrei pelas portas do Instituto pela primeira vez. Sabe aquelas cenas de filme adolescente onde o atleta esbarra com a mocinha e derruba seus livros pouco antes de começarem um romance? Pois é, nosso encontro foi basicamente isso. Só que sem livros. E sem atleta. E, convenhamos, estou longe de ser uma mocinha de filme. Bonita? Francamente, eu sei que sou uma grandessíssima gostosa, mas naquele dia específico eu não estava. Até que fiz um bom trabalho escondendo o roxo de meu olho esquerdo atrás de uma grossa camada de sombra e um delineado exagerado que corria até as têmporas, mas o corte sobre o osso nasal — que ainda doía se eu balançasse a cabeça — não consegui disfarçar.

Pois é, quem diria que dois anos depois, cá estaria eu, sentada no gramado ao lado dos campos de atletismo, treinando o controle de meu poder com ele, não é? — Mas se você não tentar eu não vou melhorar nunca! — disse, com os ânimos um pouco exaltados. — Parece que você ta me deixando entrar de propósito. — continuei, com o olhar acompanhando os garotos que passaram correndo na pista logo a frente com o olhar. — De novo. Tenta resistir dessa vez. Um, dois... — foquei eu olhar no centro de suas pupilas, com o passar dos anos descobri que ao fazer isso se tornava muito mais fácil invadir a mente de alguém, digo, não que eu precisasse de tanto esforço assim pra ouvir os pensamentos de alguém com a mente tão escancarada quanto Seco.

É, meus amores, dessa vez ele levou a sério. Fitei suas pupilas por alguns segundos e tudo o que consegui foi uma tela branca. Hora ou outra conseguia ouvir sua voz repetindo "tela branca, tela branca, tela branca" para reforçar a imagem e isso me fez rir. Se vocês soubessem a quantidade de memórias sexuais alheias que são evitadas por aqui usando essa técnica, e quantas vezes eu ouço essa frase quando encaro alguém... — Tela branca? É sério? — não consegui segurar o riso por muito tempo. Toda aquela pose de bad bitch que prende a atenção de qualquer um e o melhor que podia fazer pra evitar sua mente de ser lida era aquilo? — Eu esperava um desafio maior. — completei, direta. De fato, esperava mais. É fácil entrar na mente de não-telepatas? Sim, é claro, mas vocês sabem de quem estamos falando. É o Francesco. Tem cabimento ele não me parar? É bem como diria meu coven: "Desirée é a vontade viva de Ceridween.". Não estranhem eu estar falando em terceira pessoa de repente, foi apenas uma citação. Mas diz aí, ser a encarnação de uma deusa é pra poucas, né, meus amores?

— Acho que podemos dificultar um pouco. — súbito, uma ideia me surgiu quando os garotos deram outra volta na pista oval. — Vou te dizer o que cada um deles está pensando, aposta? — foi uma retórica, eu o faria mesmo se ele me respondesse com um não. Ler mentes de pessoas tão próximas como Seco é fichinha. Fácil demais, ainda mais estando parado ao meu lado com o olhar fixo ao meu, não era de se admirar o fato dele não conseguir me manter fora de seus pensamentos. Agora, ler a mente de pessoas em estado de agitação tão grande e com o foco em outra coisa — como era o caso dos garotos na corrida — era mais difícil, mas como nada é impossível para uma deusa, é claro que isso também seria fácil para mim. Em quem focar minha mente? A escolha não foi difícil. Quem era ele? O capitão ou algo do tipo? Endireitei a coluna e estreitei os olhos para focar no musculoso do outro lado da pista. Ele estava a quantos metros? Não faço ideia, mas digamos que fosse uma boa distância.

Chiado, chiado, zumbido... Era como sintonizar um rádio. Eu precisava me concentrar para ouvir apenas os seus pensamentos e não os de todas as pessoas próximas ao mesmo tempo. Zumbido, zumbido, vozes. Estava chegando perto. Não fazia a mínima ideia de como era a voz dele, mas desde quando não conhecer a voz de um alvo era problema pra um telepata? Não mesmo! Aos poucos, regulei minha respiração e sintonizei em seu canal, por assim dizer. Ouvir uma única pessoa em uma multidão era como sintonizar um rádio analógico. Primeiro, era necessário descobrir a qual a exata frequência de seus pensamentos — o que chamo de assinatura psíquica — e depois me sintonizar com aquelas vibrações específicas. — Merda, o gostoso da frente não gosta de garotas! — exclamei pesarosa depois de ouvi-lo por alguns minutos. — Não tem um namorado, mas está afim do terceiro da fila. — revirei os olhos em um longo suspiro e deixei a cabeça pender para trás, caindo de costas sobre a grama. O sol ardia em meus olhos.


Gramado ao lado dos campos de atletismo




Treinamento de perícia inicial, nível AMADOR.

CONTROLE (INT): Esta perícia envolve o conhecimento dos poderes do personagem e seu controle sobre eles. O quanto você consegue lidar com seu poder sem ser terrivelmente consumido por ele ou acabar se desfazendo ao abrir mão de muito poder.
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Mensagem por Francesco De Sole Dom Abr 04, 2021 8:17 pm

Beautiful Liar
Let's not kill the Karma. Let's not start a fight. It's not worth the drama.
Eu não estava com um humor muito bom, por algum motivo estava me irritando o sumiço de Desirée por alguns dias e irritou-me ainda mais a forma como ela reapareceu como se nada tivesse acontecido. Eu estava ocupado com os estudos e não pude acompanhá-la em alguns dos nossos treinos, mas isso não é motivo para que ela pudesse sumir sem nem ao menos dar algum tipo de satisfação e logo após retornar como a porra da fada Sininho alegre e sorridente. Quando a vi no corredor de papinho com um garoto aleatório logo fiz questão de ir até eles com a cara mais fechada do mundo. Ela estava toda sorridente, mas o sorriso logo se desfez quando me viu aproximando-se.

— Olá, poderia nos dar licença, por favor? — Solicitei ao garoto que se retirasse sem nem ao menos olhar para ele, contudo ele ainda permanecia ali. Virei o rosto em direção a ele e sorri, depositando minha mão em seu ombro. — É um assunto particular. — Ele assentiu, despediu-se e se afastou sem olhar para trás. Desirée obviamente me acusou de ter usado minha individualidade, e eu apenas revirei os olhos. — Eu não usei merda nenhuma, se eu tivesse usado ele tinha ido embora na primeira vez que eu mandei. — Eu gostava que com Desirée eu podia ser eu mesmo. Eu não precisava sorrir o tempo todo e simular simpatia, eu podia simplesmente xingar alguém, fazer cara feia e principalmente perder minha paciência em paz. — Onde você esteve? — Os diálogos seguintes foram uma sucessão de insistência da minha parte em saber onde ela havia se metido e resistência dela em não ceder a minha individualidade e me negar respostas que eu exigia e com razão. Essa era outra coisa que eu gostava em Desirée, ela representava desafio. Ela não se dobrava facilmente e resistia a minha individualidade, fazendo com que eu me esforçasse caso quisesse arrancar qualquer coisa dela. E por isso treinávamos juntos. Aquele dia eu não estava com um humor muito bom para treino, mas Desirée era uma das poucas pessoas do instituto que me pedia algo sorrindo que eu iria chorando fazer.



Estávamos nos gramados e eu, ainda sem paciência para treinos, respirei fundo tentando me concentrar mais uma vez em algo que pudesse ofuscar a visão que Desirée tinha da minha mente. Ela era uma telepata, pelo menos até onde eu sei, pois como tudo nela é um mistério, ela me escondeu sua verdadeira individualidade. Eu não sei detalhadamente o que ela é capaz de fazer e isso me frustra, mas ao mesmo tempo me torna ainda mais atraído a ela. É como se eu estivesse provando do meu próprio veneno e isso era um pouco irritante e ela sabia que causava isso em mim. — Estou tentando, tá bom? Só que eu tô sem saco! — Bufei e tentei mais uma vez. Fixei meu olhar no dela e senti. Não sei se minha individualidade era capaz de detectar esse tipo de coisa, mas eu sentia um certo calafrio no corpo toda vez que ela tentava invadir, minha mente ofuscava certas coisas automaticamente como se estivesse criando uma defesa sem que eu pudesse controlar. Eu queria muito controlar isso, era algo muito útil e eu estava quase pegando o jeito, no entanto, quando as coisas fugiam de controle eu assumia as rédeas pensando em algo bem aleatório como... — Tela branca, tela branca, tela branca. — Murmurei esvaziando minha mente e deixando apenas uma tela branca no lugar do que deveriam ser imagens. Desirée debochou, mas eu não dei a mínima. Quando minha individualidade não dava conta de cobrir certos tipos de informações, eu tinha que fazer eu mesmo, afinal tem coisas que eu não contei a ela e também não quero que ela saiba, nossa relação está muito boa assim.

Agora Desirée queria brincar de ler mentes. A observei enquanto ela estava concentrada. Olhei para seu nariz arrebitado, seu cabelo loiro voando levemente ao vento enquanto ela focava nos garotos. Sentei em posição de meditação e decidi concentrar-me também, mas em mim. Minha individualidade era como uma áurea, eu conseguia senti-la ao redor de mim, mas não conseguia controlá-la ou expandi-la. Meu objetivo era esse, além de claro torná-la mais ativa e agressiva para além de passiva e inofensiva. Concentrei-me no grupo de garotos que era alvo de Desirée e sorri quando ela disse que um deles era gay e estava interessado no terceiro da fila. — E se...? — Os dois garotos pararam suas atividades físicas e fitaram a nós dois. Olhei para Chamberlain e dei um meio sorriso, eles estavam vindo em nossa direção. — Olá, tudo bem? — Os cumprimentei assim que se aproximaram e eles responderam prontamente, apresentando-se. Gabriel e Peter eram os nomes deles. — Gabe, você sabia que o seu amigo é fissurado em você? — Larguei aquela informação do nada, arrancando um riso nervoso de Desirée. Peter ficou corado e tentou negar, mas Gabriel apenas riu também como se não estivesse acreditando. — É sério, Gabe. Ele curte você, e se eu fosse você eu dava uma chance a ele. — O sorriso de Gabriel foi se desfazendo aos poucos enquanto ele olhava para Peter que queria sumir, mas tratei de tranquilizá-lo. — Relaxa, Pete. Em breve você vai conseguir o que quer, em três, dois, um... — O garoto musculoso praticamente voou em cima de seu amigo, lhe dando um beijo digno de ser apreciado. Ergui a palma da minha mão aberta e Desirée bateu nela ainda sem crer no que estava acontecendo, mas pela cara dela, a loira estava adorando. Provavelmente Gabriel era hetero e eu poderia estar estragando o relacionamento dele, mas quem liga? Eu adorava isso, ter o controle de tudo, principalmente das pessoas.

Olhei para Desirée e ela ainda estava rindo e se divertindo com a situação, eu também ria, mas ao observá-la eu cessei o riso e tentei focar nela. Ela era uma incógnita para mim e eu queria poder controlá-la o mínimo que fosse, nem que fosse para ela pedir desculpas por ter sumido tanto tempo sem nem avisar. Eu sentia a áurea da minha individualidade em torno não só de mim, mas de Gabriel e Peter também. Eu queria envolver Desirée com ela agora, torná-la, nem que seja minimamente, suscetível a me obedecer.

— E você, Desirée? Não vai se desculpar por ter sumido e me dizer onde estava? — Sugeri arqueando uma sobrancelha e a garota parou de sorrir, e, por alguns segundos ficou com aquela expressão vazia que as pessoas ficam quando se sentem atraídas pela minha individualidade. No entanto ela voltou a sorrir e, debochando, disse que eu quase consegui fazer com que ela cedesse, mas que precisava tentar mais se quisesse ter algum resultado satisfatório. Aquilo me irritou completamente e meu semblante mudou, ficando mais sério e pesado. Sem querer, eu fiz algo que não queria. Peter, Gabriel e até mesmo Desirée colocaram suas mãos na cabeça como se estivessem com dor e eu não fazia nada além de observá-los. Peter e Gabriel que estavam de pé, agora caíram diante de nós, e Desirée continuava com a mão na cabeça, cravando seus olhos em mim, como se quisesse dizer para que eu parasse, porém sua boca não se movia de jeito nenhum e eu não conseguia parar, eu sequer sabia o que havia feito na verdade. Aparentemente eles estavam sentindo mais desconforto do que ela e isso já estava começando a chamar a atenção das pessoas. Alguns outros alunos começaram a se aproximar e eu me ergui, afastando-me deles o mais rápido que eu podia. Talvez a distância fizesse com que aquilo parasse, uma vez que eu não sabia como encerrar algo que eu havia começado.

「R」


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Mensagem por Desirée Chamberlain Dom Abr 04, 2021 8:19 pm

Beautiful LiarHe said, I'm worth it, his one desire (não said, mas me iludi)
Eu e minha boca grande. Por que foi que eu fui inventar de ler os pensamentos dos garotos sabendo que Seco estava ao meu lado? Francamente, não havia necessidade alguma de expor os sentimentos do gostoso da frente em relação ao seu amigo, ainda mais pra ele. Eu devia ter mantido aquelas informações para mim e não tê-las dito em voz alta para evitar constrangimento. Depois de tanto tempo de amizade com o bonito, eu ainda aprendi a me comportar em sua presença. Quem estou tentando enganar? A verdade é que eu gosto da sensação que ele me traz, ou melhor dizendo: das sensações. O misterioso De Sole, consegue enganar a muitos com sua falsa simpatia e, por isso, é uma figura popular dentro do instituto, mas seu interior é... Quebrado. É essa a palavra? O que quero dizer com isso é que o garoto consegue enganar a todos e até a mim em certo ponto, mas eu gosto da áurea de desafio e perigo que ele exala. Apesar de minha facilidade em vasculhar sua mente desprotegida, há lugares aos quais minha entrada não é permitida. Eu, sinceramente, queria entender como alguém consegue ter uma mente tão desleixada e ao mesmo tempo tão centrada em um único objetivo que é vetar o acesso a informações específicas. Talvez isso fosse uma parte inexplorada de sua individualidade, ou talvez fosse seu subconsciente escondendo traumas do passado, não sei dizer ao certo, mas garanto que um dia vou descobrir.

Onde eu quero chegar com isso? Bem, além de nossa amizade, essas defesas nas camadas mais profundas de sua mente são um dos grandes motivos para treinarmos juntos. É um baita exercício mental atravessar por essa barreira, isso se não mencionar a minha curiosidade em descobrir o que ele tanto esconde. Tento o fazer a dois anos e até o momento tudo o que pude ver foi a imagem de uma grande escadaria no que parecia ser uma mansão a qual não ousei conversar com ele a respeito. — O que você tá fazendo? — perguntei, sobressaltada, apertando seu braço com a mão esquerda. — Solta eles. Manda ir embora, vai, and-Oi, tudo bem? — tarde demais, os dois já estavam de pé a nossa frente. Tive que cumprimentar com um largo sorriso simpático estampado no rosto, tentando atuar o máximo que podia para não parecer nervosa com a situação que aquela praga estava me metendo. O sorriso forçado logo se transformou em um riso nervoso em staccato enquanto meu olhar corria dos dois atletas para Seco, sem saber o que fazer. Tenho a audição melhorada? Não. Podia ouvir o coração de Peter acelerado pelo nervosismo? Sim. Além de uma série de pensamentos e frases perdidas que começavam coerentes, mas eram perdidas no meio do caminho e substituída por outras. Não percam a fé, eu juro que sou uma boa deusa, e sei que não deveria me divertir com o sofrimento e nervosismo alheio, mas aquele beijo? Ai, prazer! Que sabor delicioso! A parte ruim foi eu não estar no meio dois dois.

Bati na não erguida do De Sole, satisfeita com o que via. O riso nervoso, agora, já havia desaparecido, dando espaço ao brilho no olhar de quem estava adorando a situação. Agora deu pra entender por que eu gosto da companhia do Seco? Apesar de todo o nervosismo causado pelas situações em que ele me coloca, vale a pena. Por mais que os questionamentos de Gabe sobre Alice — sua namorada — me inundassem, ver os dois se beijando enquanto o resto da equipe encarava com expressões e mentes confusas era impagável. Obrigada, São Francesco, padroeiro da sacanagem e manipulação, pelos mimos. Agradeci cedo demais, né? O vadio tentou estender o efeito de sua individualidade a mim, da pra acreditar? Quem me vê contando pensa que não fui afetada em nada, mas admito que me senti genuinamente tentada a me desculpar com ele por ter "sumido" sem dar satisfação. Lá veio a margarida com o ciúme doentio pra cima de mim outra vez e, sendo bem sincera, eu quase cedi a tentação de buscar o perdão por não ter feito absolutamente nada de errado, mas voltei a mim em poucos segundos. Um dos muitos benefícios de ter sido agraciada por Ceridween é ter a mente menos suscetível a influências exteriores, sem mencionar que divido minha consciência com a Manon, então, se alguém quer me controlar, que faça o mesmo com ela. Do contrário, sempre terei um backup ao qual recorrer para recobrar a consciência. — Boa tentativa. Me pegou distraída, Seco, dessa vez você quase conseguiu. Tenta de novo na próxima encarnação, mô. — debochei, voltando a rir em seguida. Devia ter feito isso? Provavelmente não, mas se não fosse pra infernizar o De Sole eu nem saía do dormitório.

Galera, eu acordei o demônio. O rosto de Francesco escureceu e pesou ao ouvir meu comentário. Amizade tóxica? Temos. Se reparasse bem dava pra ver o césio 137 escorrendo pela grama. — Ih, óh, não inventa de fechar a cara pra mim não. — balancei o corpo para o lado para empurra-lo com o ombro, mas mal consegui concluir o movimento. Que agonia! Que zumbido infernal! Sentia agulhas perfurando meu cérebro e, vou te falar, não era uma sensação nada boa. Era obra de Seco, só podia ser. Os dois atletas finalmente cessaram o beijo e caíram na grama com ambas as mãos pressionando as próprias cabeças, agonizando. Coitados, em comparação a eles eu estava bem. Ele tinha que parar! Francesco tinha que parar! Olhei para ele, tentando conter a dor para formular uma frase que fizesse algum sentido, mas tudo o que saiu de meus lábios foi um gemido baixo de uma deusa torturada. Ciente de que estava fazendo aquilo, ele se levantou bruscamente e se afastou. Alguns passos longe dali, eu ainda sentia incômodo, mas já conseguia me mover normalmente, assim como manter a linha de raciocínio coerente. — Francesco! — chamei seu nome em tom de repreensão. Os outros atletas que começaram a se aproximar para ajudar os amigos também caíam agonizando ao se aproximar do De Sole.

O que fazer em uma situação como aquela? Bastou olhar ao redor para entender o raio de alcance do poder de Francesco. Quatorze... Quinze metros! Os alunos mais próximos pareciam sentir mais dor do que os que se encontravam nas extremidades, não restava mais dúvidas de que o italiano estava fazendo aquilo, mas não possuía qualquer controle. Como a única telepata próxima, eu era a única que podia acabar com aquela crise. Respirei fundo e concentrei toda minha vontade e energia telepática no lobo parietal de modo a criar uma barreira que pudesse cessar a pouca dor que ainda sentia, sabendo que ao me aproximar ela aumentaria Foi o suficiente para dar o primeiro passo em direção ao garoto. Sem perder o foco, tentei expandir o escudo telepático para as outras áreas do cérebro, ao passo que caminhava. — Seco, você tem que parar! — disse, finalmente, calma. Meu corpo inteiro formigava, mas a dor já não mais era algo real para mim. Quanto aos outros alunos? Agora eram oito que gritavam caídos. Coitados. — Ta me ouvindo? Você precisa se controlar. — continuei tentando acalmar a fera, mas sua mente agitada deixava claro para mim que era a primeira vez que ele estava passando por aquilo e não tinha controle. — Sei que não é sua intenção, mas você precisa manter a calma. — disse, sem esperanças. Queria ser poderosa ao ponto de proteger a mente dos outros alunos caídos, mas se já estava sendo difícil resistir a ele sozinha, imagine com o foco desviado. — Seco... Chega! — disse em minha última tentativa. Toda a energia acumulada por mim foi concentrada em meus olhos, que mergulharam nos dele, enquanto eu segurava sua cabeça entre minhas mãos. Controlar as ações das bruxas de meu coven era mais fácil devido ao respeito que todas tem por mim, mas já fazia tempo que eu não tentava isso com ninguém. Dois anos, pra ser exata, mas aquela era uma exceção. Ele precisava parar e eu precisava ajuda-lo.


Gramado ao lado dos campos de atletismo




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Mensagem por Francesco De Sole Dom Abr 04, 2021 8:20 pm

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Eu odiava perder o controle da situação. Isso me lembrava meus pais biológicos, aquela casa bolorenta e cheia de mofo e principalmente me lembrava meu pai que de algum modo parecia saber desde sempre quem e o que eu era. Essas lembranças fizeram com que a situação toda piorasse. Eu queria afastá-las de mim ao invés de lidar com elas e isso acabava transformando-se em dor, psíquica para mim e física e mental para os outros. Tentei fugir e fui interceptado por Desirée que alcançou-me e estava tentando me fazer parar de alguma forma.

— Des... eu não consigo. — Confessei fitando-a olho no olho, ambas as suas mãos segurando meu rosto para que eu focasse apenas nas feições delicadas dela enquanto as lágrimas escorriam do meu rosto e eu agarrava os pulsos dela com força tentando me concentrar e me reconectar com minha individualidade. Eu era dono dela, e não ela era minha dona, isso era o que Yvora havia me dito há anos atrás e era o que eu repetia como um mantra para mim mesmo todos os dias. Acontece que a dificuldade ali estava dobrada, pois ao mesmo tempo que eu não conseguia controlar minha individualidade, eu também resistia, pois não queria que a Chamberlain visse minhas feridas do passado. — Eu tô calmo, mas eu não consigo parar. — Eu murmurava enquanto olhava no fundo dos olhos da loira que parecia fazer de tudo para impedir aquele ataque ofensivo. Sua telepatia tentava adentrar minha áurea a força e eu conseguia sentir aquilo claramente. Era como um véu se rasgando e ao mesmo tempo que eu me sentia mal por ter cedido espaço a ela, eu sentia que não havia outra alternativa para cessar com aquilo senão com a ajuda dela. E foi quando Desirée deu o comando que eu decidi parar com a queda de braço e deixá-la tomar conta da situação. Automaticamente as pessoas foram levantando do chão, desorientadas e perdidas. Elas não sabiam dizer quem fora o culpado de toda aquela situação ao certo, mas antes que pudessem atribuir algo a mim eu decidi sair de cena, andando apressadamente na frente. Muitos não sabiam qual era minha individualidade e por mim continuariam sem saber.

Desirée me interceptou e veio andando ao meu lado, enchendo-me de perguntas e tentando entender o que havia acontecido. Não sequei as lágrimas do meu rosto, deixei-as caindo para que elas pudessem secar por si só enquanto continuava caminhando, afastando-me o máximo que eu podia daquele campo. Eu estava me sentindo péssimo. Só num único momento eu consegui demonstrar descontrole e vulnerabilidade, fora que eu machuquei várias pessoas sem sequer ter a intenção. Eu tinha uma reputação a zelar, eu não queria que as pessoas saíssem por aí da noite para o dia dizendo que Francesco De Sole era um louco descontrolado. — Cala a boca, Desirée! — Parei no meio do caminho berrando com a loira, ainda emocionalmente desestabilizado e sem conseguir conter aquelas lágrimas idiotas que cismavam em rolar. Agarrei o maxilar dela com força e apertei suas bochechas olhando-a de cima a baixo. — A culpa de tudo isso é sua! Eu disse que não queria treinar, que não estava bem e você insistiu nisso. — Não fora de fato o treino que ocasionou tudo aquilo e sim o deboche da Chamberlain com o meu fracasso. Eu detestava esse tipo de coisa, me acionava diversos gatilhos e me fazia lembrar do meu pai tóxico, fazendo com que eu voltasse para uma versão de mim que eu odiava e que inclusive eu havia matado há muitos anos. Nem meu nome de batismo eu gostava de lembrar. Larguei o rosto dela, empurrando-a para longe de mim. — E eu quase consegui te fazer ceder dessa vez, pelo menos pra isso essa porcaria de treino valeu a pena. — Por mais que eu estivesse magoado e ainda emocionalmente abalado com toda aquela situação, não pude deixar de jogar isso na cara da Chamberlain. Minha meta é invadir aquela cabecinha linda dela e fazê-la dizer e fazer coisas por mim que até ela duvidaria se alguém contasse.

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Mensagem por Desirée Chamberlain Dom Abr 04, 2021 8:22 pm

Beautiful LiarHe said, I'm worth it, his one desire (não said, mas me iludi)
Não sei bem o que é, mas há algo no passado de Francesco que ele tenta esconder a todo custo. Que história era aquela de "estou calmo, mas não consigo parar"? Não é assim que as coisas funcionam, pelo menos para mim. Os momentos em que eu consigo ter pleno controle sobre minhas capacidades psíquicas é quando estou plácida, e o descontrole vem junto com o estresse ou emoções alteradas demais. Honestamente, pelo que conheço de Seco, sua individualidade funciona da mesma forma que a minha, então, por que mentia em uma situação como aquela? Não precisava ser telepata para ver o quão nervoso ele estava com toda a situação que estava causando, só não queria admitir isso e abrir sua mente para que eu pudesse ajudar. Agora, tudo era uma questão de controle. Eu tinha a capacidade de fazê-lo parar, mas comandar as ações de alguém é sempre mais difícil quando esta pessoa apresenta resistência, e o De Sole é teimoso como uma porta, e sua individualidade era como uma parede diante de mim. Então, eu tinha duas opções: a primeira era derrubar a parede à força; e a segunda era arrombar a porta que ele se recusava a abrir. Forcei minha energia telepática a permear sua áurea e, enfim, ele cedeu. Estando dentro de sua cabeça não foi difícil dar um fim naquela situação.

Parada de frente a ele, com os olhos ardendo pelo que vi quando mergulhada em sua mente, observei o brilho voltar ao seu rosto e as pessoas ao redor começarem a se levantar. Imediatamente, Francesco começou a andar para longe dali antes que os garotos recuperassem a consciência e percebessem que ele foi o causador de tudo aquilo. Bem, eu tinha minha parcela de culpa, mas não fui eu quem perdi o controle e derrubei nove pessoas sem nem toca-las. Ele estava claramente abalado por tudo pra andar por aí sozinho. O que me garantia que ele não surtaria outra vez e aquela cena acabaria se repetindo? Nada. Cabia a mim, então, servir de babá. — Espera, onde é que você tá indo? A gente tem muito o que conversar! — me apressei para acompanha-lo e agarrei seu braço para seguir juntos onde quer que ele fosse. — O que aconteceu? Qual foi o motivo disso tudo? E por que você tá fugindo com tanta pressa? — eram muitas perguntas, eu sei, mas eu precisava de respostas e Seco resolveu fechar a mente de vez.

Subitamente ele parou e agarrou meu maxilar com força, me fazendo morder as bochechas. Idiota! Quem ele pensa que é? — Minha culpa? — vociferei às suas costas. — Depois do que acabou de acontecer você acha que você não precisa treinar, ôh bab- — melhor não xingar em voz alta pra não perder a razão. — bacana!? — completei. No momento eu não conseguia distinguir o motivo de suas lágrimas. Era por ter feito outros sofrerem? Por ter perdido o controle? Por ter me permitido em sua cabeça? Ou por saber que eu vi aquele rosto feminino queimando enquanto estava em sua mente? Algo me dizia que a última opção era a mais provável. Prometi a mim mesma nunca mais permitir que nenhum homem me machucasse, mas naquela situação específica ele estava mais ferido que eu. Não fazia sentido voar pra cima dele, ainda mais sendo amiga. — Idiota! Você precisa de mais treino. Eu quem deixei você me afetar. — dei de ombros ao soltar aquela mentira deslavada e agarrei seu braço novamente, antes de receber outro coice.

— Agora, esse treino gerou assunto pra muita conversa, né? — perguntei pra quebrar o silêncio por parte de Seco, que ainda parecia cabisbaixo com tudo. Ao redor, eu conseguia sentir os olhares alheios caindo sobre nós, como se fossemos os culpados daquilo ter acontecido. E, de fato, éramos. A parte ruim de estudar no Instituto é que qualquer um se acha capaz, ou poderoso o bastante para bater de frente com os outros alunos a mínima desavença. Admito que alguns me despertam certa curiosidade — como é o caso de Francesco que preciso me esforçar pra invadir sua mente —, mas aqueles alunos ao nosso redor, com suas mentes escancaradas as quais eu tinha que fazer esforço para não ouvir os pensamentos? Nota dó. Enquanto caminhávamos, eu direcionava parte de minha concentração ao foco para bloquear minha mente à entrada dos pensamentos alheios, a fim de evitar outra situação de estresse a qual eu seria obrigada a esmurrar um ou dois dos atletas às nossas costas.


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Mensagem por Yvora W. Blackmore Qua Abr 07, 2021 4:05 pm

Avaliação


ESCRITA EQUIVALE A 30%: Critério referente à ortografia e gramática.
CRIATIVIDADE EQUIVALE A 40%: Conseguir prender a atenção do leitor.
REALISMO EQUIVALE A 30%: Desafios que não escapem à realidade, prevalecendo a humanidade no post.

Desirée Chamberlain.

ESCRITA EQUIVALE A 30%: 28%.
CRIATIVIDADE EQUIVALE A 40%: 40%.
REALISMO EQUIVALE A 30%: 30%.

TOTAL: 98% = 490 XP + Perícia Controle em nível amador.

Francesco De Sole.

ESCRITA EQUIVALE A 30%: 30%.
CRIATIVIDADE EQUIVALE A 40%: 40%.
REALISMO EQUIVALE A 30%: 27%.

TOTAL: 97% = 485 XP + Perícia Controle em nível amador.

Olá, meus queridos!

Gostaria de parabenizá-los pelo treino diferenciado que fizeram, longe do ambiente de praxe que os alunos costumam usar para suas instruções sobre poderes e perícias! Nada como estudar ao ar livre e testar os poderes em colegas indefesos, hein? Mas cuidado para não serem pegos ou denunciados, garanto que isso poderia culminar em uma detenção para os senhores! Apesar disso, gostei muito da forma como narraram suas dificuldades e da forma como conseguiram lidar com isso posteriormente. Descontei pontos em escrita de Desirée por conta de alguns erros de digitação que encontrei espalhados pelos textos, nada que uma revisão mais atenta não possa curar. Já de Francesco, fiz um breve desconto em realidade pela forma como sua individualidade acabou afetando um número muito grande de pessoas à sua volta de maneira tão causticante e poderosa para alguém do seu nível.

Aliás, eu gostaria de colocar um adendo a isso e dizer que vocês precisam linkar a ficha de personagem de vocês ao fim do post, em spoiler ou não, porque nós da staff precisamos estar sempre conferindo seus registros durante a avaliação para comparar as informações! Isso impede que percamos tempo procurando pelo tópico específico enquanto estivermos lendo o texto.

No mais, parabéns!

Avaliado e atualizado.


Yvora W. Blackmore
104

30/12/2015

Yvora W. Blackmore
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