Nicollas claramente tinha dificuldades em lidar com um ser vivo. Como entender suas necessidades? E o pior, como se interage com alguém que havia bebido demais? De qualquer forma, o necromante permaneceu impassível, tentando em vão não fazer careta para a bebida que descia queimando sua garganta e posteriormente seu estomago. Odiava bebida alcoólicas por aquele motivo, o gosto forte que parecia queimar tudo e trazer calor. Ele era um homem do frio, dos arrepios.

— Por que... – Tentou responder, mas se calou. O garoto deitado na poltrona tinha uma cara de triste, ou talvez a bebida estivesse criando aquele efeito. Nicollas era um péssimo empata, sendo chamado de insensível pelo seu único amigo em vários momentos, logo achou curioso ter reparado aquele aspecto no rosto do garoto. — Eu não sou novato. – Respondeu quase que para dentro. E em algum lugar ele conseguia ouvir na sua mente a risada imaginária do seu amigo gargalhando da sua cara.

O necromante havia chego ao instituto com dezesseis anos, ou seja, cinco anos atrás. No entanto, sua vida era reclusa por ter uma anormalidade muito gritante. As pessoas se sentiam desconfortáveis em conversar com ele e de repente sentirem um vento frio sobrenatural e ele começar a conversar com o nada. Sendo um necromante em tempo integral acabou se afastando dos vivos e se dedicando as suas habilidades mutantes e seus fantasmas que lhe pediam ajuda. E por isso ninguém parecia se lembrar dele. Para alguns que o viam naquela festa era como se um novo mutante estivesse se materializado do nada entre jovens onde praticamente todos se conheciam.

— Eu estou aqui nesse lugar há cinco anos. – Respondeu, mas não culpava o outro por não o reconhecer, principalmente porque achava que o desconhecido não reconhecia a sua mãe se ela lhe aparecesse naquele momento. — Você está bem ruim, cara. – Foi insensível, mas não tinha tato suficiente para lidar com humanos. — O que foi que você bebeu para que eu evite? – Deu um sorriso bem esquisito, caso sombrio. — E cadê seus amigos? – Indagou findando finalmente. No mundo dos mutantes jovens aconteciam as mesmas coisas que no mundo dos jovens seres humanos. Se o rapaz bêbado fosse uma menina provavelmente algum engraçadinho já teria tentado arrasta-la para algum lugar excluso para praticar maldades. E embora raramente acontecesse com homens, o assédio e estrupo não escolhia gênero, havendo pessoas podres em todos os lugares, classes, genéticas e gênero.  

Aquela bebida estava realmente horrível. Vodca era algo terrível para se beber, ou talvez misturar vodca com suco de uva. Felizmente prestando a atenção no rapaz a sua frente, Nicollas conseguia se “desligar” do gosto toda vez que bebia e por ironia do destino ficava mais fácil beber.

— Relaxa, não sou alguém muito sociável. – Respondeu ao ver o semblante do outro se modificando. E realmente não era, graças a sua maldição aprimorada. Ele relaxou o corpo na poltrona e tentou prestar a atenção na música que tocava, não a reconhecendo de nenhum jeito. Nicollas sentia tanta dificuldade em se conectar com as músicas daquele tempo, mesmo não fazendo ideia de que musica gostava antes de acontecer a sua primeira morte. Na verdade, seu passado era uma incógnita. — Eu me chamo, Balthazar – Respondeu sem prestar a atenção na sua resposta e ficando pálido de repente (mas pálido que o normal). — Eu disse Balthazar? – Ele riu. — Eu quis dizer Nicollas! Ando assistindo muito filme. – Embora ele não tivesse certeza se havia visto algum filme com alguém chamado Balthazar. — E você? Como se chama? O que faz? É um mutante? – Se lembrou das dicas do seu amigo a respeito da convivência com seres vivos: “Pergunte seu nome primeiramente e preste a atenção na conversa. E o mais importante, ignore qualquer fantasma que aparecer”.  

Se virou para o jovem depositando total atenção no que ele falava, achando estranho se comunicar com alguém tão cheio de vida. E como se aquilo não fosse esquisito, o outro ainda apertando bem os olhos lhe tateou o rosto. Nicollas não era tocado por ninguém vivo fazia... ele nem sabia ao certo quanto tempo. E o toque do rapaz era quente, talvez o contraste com a sua pele mórbida. E além do toque tinha o cheiro diferenciado. O garoto tinha cheiro de doces, talvez morango ou chocolate. Será que era algo que ele havia ingerido? Nicollas estava por fora das bebidas do momento, não sabendo reconhecer se havia algo de frutas que levava álcool, talvez sei lá uma batida de jovens.

— Como pode você não ter amigos? – Indagou ele estupefato. — Qualquer pessoa tem amigos. Eu tenho amigos... – E parou porque o outro não sabia o quão estranho ele era para aquilo de “ter amigos” ser tão especial. — E o carinha que te deu um beijo na testa minutos atrás? Não era seu amigo? É namorado...? – Sentia dificuldades em lidar com a sexualidade tão aberta dos jovens, principalmente porque a dele era tão fechada e íntima.

Quando o jovem deitou no seu colo, a cabeça repousando em sua perna se sentiu todo paralisado. Naquele momento seu companheiro de quarto passou por eles, deu um risinho aprovado para Nicollas e sumiu na multidão que dançava novamente. O necromante não sabia o que fazer naquela situação, primeiramente porque só havia sido íntimo com apenas uma pessoa e ele nem sabia dizer quem.

— Bem, acho que depois de deitar no meu colo pode me considerar seu amigo. – Era claro que era uma total intimidade. Nicollas abaixou as mãos cautelosamente como se o próximo movimento fosse lhe dar choque e repouso a palma da mão direita na testa do menino que encarava uma posição de morte. Era curioso que o ser vivo que ele se comunicava se comportava como um defunto. — Acho que essa... tristeza toda é proveniente do álcool. Li em um estudo recente que a substância tem efeitos variados em cada pessoa e acho que em você te deixa triste.
 

Até alguns anos atrás Nicollas nunca havia se simpatizado com os seus poderes. Quem gostava de ver mortos? Mas, aquilo havia mudado com o passar dos anos no Instituto. Hoje, ele amava seus dons. No entanto, sempre havia certo ciúme e inveja das individualidades alheias. E quando o rapaz que ignorou completamente as perguntas de Nicollas o fazendo se perguntar se havia feito se aconchegou no seu colo, o necromante achou ter encontrado um dos piores efeitos do álcool em uma pessoa: A tara. O desconhecido estava sofrendo de algo muito esquisito, talvez seu corpo rejeitando o alcoolismo?

— Qual é o seu nome? – Tentou focar na sua pergunta e daquela vez falou ainda mais alto achando que talvez o outro estivesse surdo. — É que se você não me responder seu nome vai me deixar confuso com as regras de conversação. – Confessou. — Não faço muito isso, entende? Então me disseram que tem etapas para se manter uma socialização saudável.

Nicollas se calou ao ver o poder do outro em manifestação e achou que aquele talvez fosse a habilidade mais inusitada da sua vida. E legal também. Aquilo explicava o cheiro de doce e rapidamente a curiosidade do necromante o fez pensar se o outro tinha gosto de doces também. E foi uma curiosidade mais forte que ele.

— Achei seu poder muito legal. – Confessou e não havia mentiras ali. — Além de você não morrer de fome, é mais fácil se manter longe dos caçadores de mutante. – Algumas “anormalidades” eram mais fáceis de passar despercebida do que outras. — Eu vejo gente morta! – E ao confessar aquilo talvez mais alto que o que deveria levou às mãos a boca rapidamente. — Me desculpe, acho que falei isso alto demais. – Abaixou a cabeça. — Eu sou um necromante e eu te daria uma prova do meu poder, mas isso ficaria esquisito demais e você sairia correndo para longe de mim. – Se lembrou do seu companheiro de quarto lhe pedindo várias vezes para nunca, jamais confessar que era mais esquisito que o normal. — Mas, eu sou legal! – Alguém legal jamais falaria aquilo.

A bebida de Nicollas terminou e ele depositou na mesinha ao lado, sabendo que não conseguiria se levantar para pegar outra por ter alguém no seu colo.

— Eu acho que essa festa está bem legal... – Se calou sentindo todo o corpo reagir de uma forma bem estranha. Em um segundo o rapaz parecia morto com as mãos sobre o peito, no outro virou a cabeça em direção a barriga do necromante e depositou um beijo. Nicollas lidava com fantasmas, mas tinha limites claros sobre o que fazia e com os vivos aquilo sempre fugia do seu controle. O mutante ali estava claramente bêbado e provavelmente não se lembraria de Nicollas no dia seguinte e nem respondia pelos seus atos. Mas, mesmo ciente de tudo aquilo, o corpo do necromante resolveu corresponder involuntariamente, fazendo todo o sangue correr para o rosto em um ataque de “vermelho como tomate” feroz. — É... – Tentou dizer com o arrepio e a sensação de “gelo” que surgiu no seu abdômen. Sua mente tentou pensar em outra coisa, mas infelizmente foi traído primeiro pela sua mente e depois pelo corpo.

O estranho deitado no seu colo não era feio. Era atraente mesmo bêbado. Tinha lábios charmosos, pequenos e delineados. E a sua mutação em doces o tornava quase impossível de resistir, mas Nicollas jamais se aproveitaria de um bêbado. Na verdade ter um “ataque” de homossexualismo em público era algo que o fazia quase sentir pavor. Todavia, seu pênis não pensava daquele jeito, despertando vagarosamente e de um jeito bem constrangedor.

— É... – Nicollas teve forças para segurar a cabeça do rapaz por baixo e fazer uma barreira entre ele e o seu membro endurecido. — Acho que você deve ir pra casa mesmo. Quer que eu te ajude? Posso encontrar alguém do seu dormitório para te levar. Acho que uma noite de sono pode curar tudo. – Ainda estava vermelho e excitado. E sem sombras de dúvidas curioso. Sem conseguir controlar, seus olhos passaram dos lábios do rapaz para seu peitoral, sua barriga e parou bem entre suas pernas. Se a curiosidade de gosto de doces estava sobre sua boca, era ainda mais forte sobre outras partes do corpo e aquilo não poderia ir para frente ou senão duas pessoas teriam arrependimentos no dia seguinte. Mais Nicollas do que o desconhecido.

 

Realmente as pessoas perdiam a compostura em alguns momentos. Nicollas sabia daquilo, mas não conseguia se deixar retornar ao normal.

— Prazer, Santiago Sebastian... – Sua voz saiu um pouco abafada e calorosa. — Foi tão difícil falar o seu nome assim? – Queria conversar e talvez o outro parasse de agir de forma tão indelicada. O necromante tinha medo do que ele poderia fazer, não o bêbado. Se Sebastian continuasse com aquilo talvez o necromante perdesse o juízo e ele nunca perdia a sua razão por algo tão carnal. Se ele soubesse que iria ficar entre a cruz e o punhal não teria ido naquela festa, mesmo que no fundo, bem no fundo estivesse gostando.

O mutante não era alguém muito sexual, embora encontrasse liberdade na sua arte impura. Ele não sabia o que era normal e passava dos limites em algum momento, mas com alguém tão claramente entediado como Sebastian não havia feito. Seu corpo ainda estava claramente ligado.

— Que pena, mas você teria algum responsável, talvez um professor? – E a pergunta morreu nos lábios ao ver a mudança de posição de Sebastian. Ele agia tão livremente mudando o corpo para ficar de bruços, que por um segundo a mente de Nicollas disse que ele não estava tão bêbado assim. Ele estava talvez com tesão? Ao pensar naquilo milhares de opções estouraram na mente do outro e o necromante sentiu pela primeira vez seu pau latejar de ansiedade. Como seria perfeito se ele tivesse o poder de controlar corpos vivos, porque assim controlaria o seu próprio. A barreira que fez com as mãos não surtiu efeito, Sebastian agora esfregava o rosto lentamente naquela região, causando um desconforto dentro da cueca do necromante, com um pau duro querendo escapar. — Olha... – Nicollas afastou delicadamente a cabeça do outro daquela região. — Acho que as coisas ficaram um pouco estranhas... – O necromante estava com a levemente suada, algo que correspondia ao seu corpo que havia esquentado. — Estamos em publico e você não me parece em são consciência. – Nem ele sabia do que estava falando.

Nicollas queria aquilo.

Afastou um pouco a cabeça do jovem e a deitou na poltrona livre. Seus batimentos estavam acelerados e só em passar os olhos rapidamente pelo corpo do outro o fazia se sentir ainda mais em puro estado de excitação. Sua voz estava rouca, seus olhos semicerrados e seu corpo sentia a atração sexual. Fazia algum tempo em que ele não tinha relações sexuais, talvez tempo demais para um jovem sadio de vinte e um anos. Mas, atentado ao pudor? Ser alvo de toda uma instituição? E se alguém filmasse? Olhou em volta e os outros pareciam bêbados e dançantes. Ele sabia que em algum lugar alguém poderia estar fazendo algo bem pior que aquilo, mas não em público.

— Você é interessante e me parece legal. – Falou ainda com a voz rouca e claramente em erupção sexual. — Mas, não quero me aproveitar de você. Você é bonito e talvez eu entrasse no seu jogo, mas não sei se é o certo devido ao seu estado e não quero enfrentar problemas com outros dizendo que estou cometendo abuso sexual, entende? – Jogou a letra verdadeira ciente de dois fatos: Primeiro, iria finalmente saber se aquilo era um jogo ou bebida, caso fosse um jogo o outro teria que se decidir entre se entregar ou então tudo ficar inocente como no início. Segundo, se aquilo iria para frente, se os dois se pegariam como dois homens adultos, sem compromisso como em uma festa universitária. — Você está bem mesmo?  


 

Claramente havia uma química ali e aquilo deixava Nicollas um pouco assustado. Ele raramente deixava seus aposentos para outra coisa que não fosse suas aulas e ainda assim no trajeto não conhecia caras que brincavam com o seu corpo como Sebastian. Ele tinha desejos e vontades curiosas, unindo um lado mais carnal e sombrio que raramente saía para brincar. Sebastian fazia o tipo tão angelical e delicado, que Nicollas não conseguia para de imaginá-lo fodendo o outro tão lentamente e sussurrante. Geralmente pessoas como Sebastian se tornavam ótimos amantes, pois o drama na vida revelava um verdadeiro predador sexual na cama.

— Eu não costumo sair, quanto mais beber... – Respondeu. — Não sei exatamente como funciona o nível da sua mutação, mas que bom que você não está bêbado. – Aquilo significava que Sebastian estava mesmo levando a brincadeira para um nível onde Nicollas não estava sendo o aproveitador. Como se de repente sua mente liberasse, dando um sinal verde, seu corpo se reacendeu um pouco mais. — Me explique então, qual é o limite dos seus poderes? – Indagou diante ao bufo do rapaz e claramente a sua insatisfação em ver que Nicollas não havia entrando na brincadeira. Ao realizar aquela última pergunta, o semblante do necromante se modificou para algo mais sombrio e carnal, espalhando tensão sexual por todos os poros. Restava apenas saber se o que havia acontecido já havia terminado. — E porque você não falou que queria se desligar? – Indagou novamente. — Talvez eu também quisesse...

Nicollas ficou em silêncio, constrangido por ter falado aquilo em voz alta. Por isso que ele não tinha muitos contatos com seres humanos, acabava sempre fugindo do seu controle. Sua sinceridade com os vivos deixava claro que ela havia nascido apenas para comandar os mortos. E quando Sebastian o observou, ele aproveitou para observa-lo também. Primeiro estudou lhe a testa, passando para os olhos, o nariz e involuntariamente mordendo os lábios ao reparar na boca do outro. Ele poderia se prender, se enjaular por mais alguns dias ou se soltar e deixar ser livre pelo menos uma vez, afinal lidando com fantasmas não se sabe quando terá uma oportunidade novamente.

— Eu gostei de você, te achei... – Ele não sabia como dizer aquilo. — Inocente? Delicado? E isso mexe com os meus pensamentos, pensando milhares de coisas que poderiam ser feitas. – Ele fitou o chão envergonhado e o seu volume do pau endurecido onde ele não escondia mais. Não havia mais nada que sua mente dissesse que estava errado ali, era permitido se ambos se quisessem, então porque esconder que estava excitado?

Seus olhos passaram pelo corpo de Sebastian, as mãos arrumando o pau para baixo para deixar de ser visível. Nicollas até aquele momento não sabia que o corpo do outro também estava “vivo” e aquela informação o fez involuntariamente se levantar e ficar de frente para o outro. Ele deu um passo para frente, os rostos a poucos centímetros, a ponto de Nicollas sentir a respiração adocicada e inebriante. Jogou a cintura para frente e seu pau duro encostou-se ao pau do outro, ambos envoltos infelizmente em tecidos protetores. E bem vagarosamente o necromante jogou o corpo um pouco para a direita, depois para a esquerda, sarrando seu volume duro no volume do outro, em todo o momento estudando a reação do alvo. O que estava acontecendo com ele.

— Você vai embora? – Perguntou deixando nítido que não queria que aquilo acontecesse. — Já se desligou e agora que retornar a realidade ou fugir um pouco mais? – Aproximou seu rosto do ouvido do manipulador de doces e tocou a língua levemente na ponta de sua orelha. — Aquilo que ninguém vê ninguém pode dizer que aconteceu. – Aquele era mesmo o necromante falando? Se o colega de quarto de Nicollas o visse naquele momento, ficaria cheio de orgulho do projeto que havia criado. — Eu guardo segredo se você também souber guardar segredo. – E suas mãos desceram até a mão do outro, os dedos levemente se tocando. — Se você quiser, podemos nos afastar...  


 

Nicollas sabia ou tinha desconfianças que o outro fosse um pouco mais inocente. Algo em Sebastian dizia que ele era sensível e não era preconceito pela sua individualidade de doces. Se outro quisesse realmente algo mais quente, teria acontecido naquela mesma poltrona. O necromante de pé para o outro mutante prosseguiu com a sarrada de paus, sentindo seus batimentos aumentarem e sua vontade absurda de transar. Ele raramente sentia aquela vontade, era muito controlado e mesmo quando sentia, meia hora de punheta no banheiro resolvia. Ele nunca havia pensado que iria para aquela festa para ser avassalado pelo demônio da luxúria e do pecado.

— Então você está sentindo o mesmo que eu, né? – Indagou o necromante rouco, lábios colocados no ouvido do outro, sentindo o toque do mesmo nos seus cabelos. Naquele momento ele queria saber se outros estavam assistindo, apenas que queria consumar aquilo e meteria ali mesmo no chão, dado a sua real necessidade de sentir o corpo desnudo do outro. Não pode se privar de sentir o gosto doce na orelha do outro, algo que tornava tão aromatizado sexualmente aquilo tudo. E então algo inusitado aconteceu, Sebastian entrelaçou os dedos e o puxou para longe dos movimentos da festa.

No início ele pensou que estava sendo levado para um banheiro, mas então entendeu ao ver as moitas perfeitamente aparadas em quadrado. Ao adentrarem, o mutante doce logo se abaixou, deixando Nicollas arfar por antecipação. Seu pau gritava dentro do bermudão, latejando com a possível abertura quente e molhada de onde seria penetrado. E Sebastian se esfregava entre aquela emoção, parecendo uma criança quando ganhava um doce. E lentamente as pernas do necromante tremeram de ansiedade, mergulhando naquela total putaria entre dois desconhecidos sem sentimentos. O rapaz mais velho jogou a cabeça para trás ao sentir as mordidinhas. Ele quase sentia dor ao ver a cabeça do seu pau roçando no bermudão, implorando por liberdade.

— Olha... – Ele colocou a mão no queixo do rapaz abaixado o fazendo olhar para cima. Nicollas observou aquela linda boquinha rosinha e sem pestanejar passou os dedos ao redor daqueles lábios. — Eu vou fuder essa sua boquinha bem devagar... – Sussurrava olhando para os lábios do garoto. — Vou meter meu pau todinho e você vai chupar... – Meteu a mão na roupa e sem perder mais nenhum segundo, passou pelo elástico do short, enfiou os dedos pela cueca e sentiu um alívio ao tocar a própria piroca, a cabeça endurecida, lubrificada com a própria baba. Segurou o pau inteiro e o jogou para fora, sentindo o membro duro bater no nariz do outro. — É tudo seu! – Ainda segurando o pau, segurou o outro pela nuca com a mão livre e esfregou a cabeça parruda da piroca nos lábios de Sebastian, pincelando lentamente como se desenhasse aquela parte do corpo do outro novamente.

E então ele tocou a ponta do pau no meio dos lábios do outro.

— Abre a boquinha, abre  – Susurrou com os olhos cheio de luxúria. — e chupa esse pau.
 


 

Ocorria sempre para cada pessoa a possibilidade de uma e um milhão de realizar coisas e ações que fugiam do seu cotidiano. Para Nicollas aquele era a oportunidade da sua vida. Havia deixado seu dormitório apenas com o intuito de ver pessoas e naquele momento fazia muito mais que aquilo. Havia passado cinco anos longe do radar de todos, de tal forma que nem aquele rapaz que se encontrava abaixado desejando o seu pau cheio de veias estava lhe conhecia. A chance de que aquela aventura ficasse apenas na memória dos participantes era muito alta.

Não havia maior prazer do que se sentir desejado. Ali em posição de poder, em pé, o necromante se sentia o cara mais poderoso do mundo. O próprio pau seguro em uma das mãos, sendo conduzido  pelo rosto do rebaixado com a simples intenção de lhe dar prazer. E Sebastian o surpreendia com aquele olhar de puta que não havia nada a perder. Só em pensar no que iria acontecer a seguir a respiração do necromante parava de funcionar. Seu coração batia forte, tão forte quanto os latejos do seu pau melecado. Ao sentir seu membro sendo engolido apenas pela cabeça entre aqueles lábios quentes, Nicollas quase perdeu o chão. A abertura quente e molhada causou uma sensação agradável de puro prazer e embora o mutante quisesse se aterrar completamente entre aqueles lábios, não o fez, deixando o outro conduzir o boquete como tivesse vontade.

Jogando a cabeça para trás, Nicollas fitou o céu escuro e fechando os olhos só conseguia se concentrar naquela boca fazendo o seu pau rígido de picolé. Os dedos do outro tocaram lhe a cintura e o contraste do quente e o gelado de sua pele enviou sinais para todo o seu sistema nervoso, fazendo o necromante entreabrir os lábios e deixar uma pequena respiração ofegante escapar. Sentiu então o pau sendo engolido e o nariz gelado do outro encostando nos seus pentelhos e não conseguiu mais se conter:

— Puta que pariu! – Sussurrou baixinho diante do ato sexual do outro. — Que boquinha gostosa! – E se controlou para não causar algo ainda mais bruto. Ali, protegido dentro da boca de Sebastian sentia o calor do corpo alheio. Seu pau não parava de pulsar com o toque e a sensação molhada que o envolvia. Olhou para baixo, reparando as pernas entreabertas de Sebastian e seu pau fugindo do shortinho preto. Ele também parecia delicioso demais, mas se contentou em apenas receber carinho.

Sebastian era do tipo guloso, que deixava a baba no pau e não fingia nem por um segundo ser recatado. Quando recebeu o pedido de gozar na boca do outro, Nicollas deixou escapar um sorriso sacana, seguido de um pequeno barulho puramente animal do seu peito. Voltou a repousar as mãos na cabeça do garoto abaixado:

— Relaxa, ainda vou te foder todinho... – E então empurrou o pau para dentro da boca do outro novamente, movendo a cintura levemente para frente e em seguida a retraindo para trás. Imitou o movimento novamente vagarosamente, sentindo cada centímetro entrar ali e explorar. Na terceira vez empurrou o pau com tudo, sentindo tudo entrar e a parede da garganta do garoto, permaneceu assim por três segundos, todo arrochado naquela caverna quente. Retirou o pau novamente e ficando um pouco na ponta do pé, foi movimentando a cintura para frente e para trás, fodendo aquela boca devagarinho, os lábios abertos e a total atenção naqueles olhos submissos que recebia seu membro. — Sua boquinha é muito gostosa de meter. – Passou os dedos na bochecha do outro. — Está gostando? – E então aumentou um pouco a velocidade das metidas, intercalando entre enfiar o pau inteiro em alguns momentos e enfiar metade dele.

Naquele momento Nicollas já estava gemendo de prazer, sentindo nada mais e nada menos que o desejo primitivo de ser chupado. Encarando o outro com atenção, enquanto seu pau entrava e saía daquele orifício bucal, percebia que ele estava cada vez mais melado, resultado da gosma de sêmen liberado para lubrificação natural e a saliva do outro. Ele poderia ficar o resto da vida fazendo aqueles gestos, mas infelizmente seu corpo era humano e tinha suas limitações. Foi percebendo que estava alcançado uma consciência quase transcendental, seus dedos dos pés se retraíram no mesmo momento em que sentiu o coito se aproximando. Ele retirou o seu pau de dentro da boca de Bastião e então começou a se masturbar, sendo invadido pelo sentimento de puro prazer.

Ele soltou um gemido ainda mais alto no memento que o gozo começou a sair, fechando os olhos e liberando aquele líquido quente na boca do submisso. Seu corpo inteiro tremia de tensão ao mesmo momento em que relaxa. Olhou para baixo, enxergando sua porra no outro. Havia sido realmente maravilhoso ter deixado seu quarto naquela noite.  

 


 

Embora não fosse um rapaz que sempre vivesse em total luxúria, Nicollas admitia que a sensação de gozar era algo maravilhoso. O jovem submisso abaixo dele, um completo desconhecido que manipulava doces havia lhe dado uma das melhores chupadas da sua vida, o que não poderia significar muita coisa já que antes dos dezesseis anos era tudo obscuro para ele.

Fez questão de não deixar escapar um só gota, se masturbando até que toda a sensação de tensão fosse embora. Sebastian não parecia um jovem comum, talvez contido, mas não comum. Ele parecia alguém recém-liberto, que estava fazendo de tudo para viver alguma aventura. Enquanto o submisso limpava-lhe toda a cabeça do pau, Nicollas recobrava os sentidos, retornando para o planeta terra e sentindo o corpo parar de tremer. Deu uma olhada para o outro no mesmo momento em que esse se ergueu, grudou em sua cintura e lhe selou os lábios. Ao fechar os olhos o necromante conseguia sentir um gosto doce, talvez morango ou cereja seguido do sabor do próprio sémen. Claro, não era problema para o necromante aquele saber, afinal poucas coisas ele ainda não havia provado.

Correspondeu ao beijo pegando firme na cintura do outro, as mãos lentamente descendo até a bunda do outro, empinada e chamativa pelo shortinho preto. Deu uma leve apertadinha enquanto repassava sua língua para a boca alheia, explorando os cantos dos lábios do outro. Curiosamente o gosto de Sebastian lembrava a morangos ao leite, algo que era viciante e muito gostoso. O beijo não durou muito, mas assim que terminou, o doceiro ainda chupou o pau de Nicollas por mais alguns segundos, dando as costas e saindo. Dificilmente se encontraria alguém como aquele naquele instituto.  

Não havia muito o que limpar, o outro já havia feito todo o trabalho, portanto o necromante apenas ajeitou o membro dentro do bermudão, sentindo o corpo leve como uma pena. Deu um sorriso abestalhado e seguiu para dentro do local da festa. Os jovens ainda dançavam animadamente. Nicollas seguiu direto para o bar, onde sentiu que uma bebida faria total diferença naquele momento.

— Uma batida de frutas, pouco álcool. – Pediu para moçoila que o atendeu.  

 


 




PS: Fim da interação com Sebastian.